Sucesso na TV e no streaming, Hilda Furacão vira ópera; saiba os detalhes
Romance de Roberto Drummond ganhará nova versão para os palcos
Publicado em 24/10/2024 às 12:03,
atualizado em 24/10/2024 às 12:07
A história de Hilda Furacão, já contada na TV e com sucesso recente no streaming, vai virar ópera. O romance de Roberto Drummond (1933-2002), publicado originalmente em 1991, também deu origem à minissérie exibida pela Globo em 1998, escrita por Glória Perez e com Ana Paula Arósio no papel principal.
A Orquestra Ouro Preto é responsável pela versão operística inédita do livro, com adaptação e música original de Tim Rescala. A estreia será em novembro, em São Paulo. O espetáculo também terá apresentações em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro no próximo mês.
+ 30 anos de Quatro por Quatro: O que aconteceu com as 4 protagonistas da novela da Globo?
Sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo, Hilda Furacão, a Ópera vai recontar a história da jovem que desafiou as convenções sociais da Belo Horizonte dos anos 1960 ao virar prostituta e ir morar na zona boêmia da capital mineira.
+ Clássico da TV, 1ª versão de O Astro será resgatada pelo Globoplay
A montagem, dividida em dois atos e com direção de cena de Julliano Mendes, tem músicas em português e reúne renomados cantores líricos brasileiros, acompanhados da orquestra. Veja o elenco:
Carla Rizzi - Hilda Furacão
Jabez Lima - Frei Malthus
Marília Vargas - Loló Ventura
Marcelo Coutinho - Nelson Sarmento
Johnny França - Aramel
Fernando Portari - o narrador e autor Roberto Drummond
A Orquestra Ouro Preto também já levou aos palcos Auto da Compadecida, a Ópera, baseada na obra de Ariano Suassuna (1927-2014). O clássico também deu origem a uma minissérie da Globo, em 1999, editada em filme que fez grande sucesso em 2000.
Hilda Furacão foi descoberta por "gringos" e viralizou no ano passado
No ano passado, cenas da minissérie Hilda Furacão viralizaram nas redes sociais. Internautas estrangeiros se renderam à história da personagem e a seu romance conflituoso com o Frei Malthus, interpretado por Rodrigo Santoro. A produção está na íntegra no Globoplay.
+ Crítica: Maníaco do Parque perde a chance de ser um bom true crime à brasileira
Hilda Furacão se tornou um mito, mas existiu de fato, segundo o autor. “Hilda existiu. Agora de tal forma ela foi mitificada e mistificada que ela se transformou em um boato. Um boato festivo, colorido, maravilhoso, então o livro é contado através desse boato”, disse Roberto Drummond em entrevista de 1991.
A história ganhou um novo capítulo em 2014. Na ocasião, o jornalista Ivan Drummond, primo do escritor mineiro, encontrou Hilda Maia Valentim, então aos 83 anos, na Argentina, vivendo em um asilo em Buenos Aires. Ela morreu no fim daquele ano.
Hilda Furacão, a Ópera
São Paulo: 5 e 6 de novembro, no Theatro Municipal de São Paulo
Belo Horizonte: 21 e 22 de novembro, Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
Rio de Janeiro: 24 e 25 de novembro, na Cidade das Artes
Informações em www.orquestraouropreto.com.br
