Publicado em 28/04/2024 às 08:00:00
O Globoplay, a brasileirinha dos streaming, tem como objetivo alcançar o ponto de equilíbrio financeiro - também conhecido como “break even point” - no ano de 2025. Para atingir essa meta, a plataforma adotou uma série de estratégias. Uma mudança significativa foi a substituição do seu principal executivo: Erick Brêtas deixou o cargo e assumiu Manuel Belmar. Além disso, o Grupo Globo partiu para o tudo ou nada com o objetivo no aumento de faturamento vem irritado assinantes com o excesso de publicidade em vídeos na plataforma.
Mesmo sendo assinantes do Globoplay, os usuários são constantemente expostos a ações publicitárias de diversas marcas, sem a opção de ignorar os anúncios. Em muitos casos, esses comerciais são exibidos antes do início do conteúdo selecionado, sem a possibilidade de serem pulados. Frequentemente, são apresentados seis anúncios consecutivos, com duração variando entre 15 e 30 segundos cada. Essa prática tem proporcionado uma experiência negativa para o público, que acaba desenvolvendo sentimentos de irritação em relação aos anunciantes.
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O pior, quando o assinante procura por um ponto do vídeo, como uma matéria específica no Jornal Nacional, Fantástico ou em um telejornal local, os mesmos seis comerciais são reproduzidos novamente, sim, aqueles que foram visualizados na primeira exibição. Péssima experiência.
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Nesta estratégia de saturar os clientes com comerciais, que acabam por despertar irritação no telespectador, todos acabam sendo prejudicados. O assinante, que se sente desrespeitado por pagar uma quantia e ainda assim não tem a opção de evitar os comerciais, e o anunciante, que tem sua marca exibida e, no final, acaba tendo sua imagem associada a sentimentos negativos, como ira e frustração, no momento em que o consumidor se sente enganado.
O Globoplay se destaca como a única plataforma de streaming que adota essa abordagem. O serviço, pertencente ao Grupo Globo, parece indicar que a satisfação do cliente não é sua prioridade principal, mas sim alcançar o ponto de equilíbrio financeiro. Embora possa atingir esse objetivo, questiona-se se assinantes e anunciantes estão sendo devidamente respeitados. É lamentável que a única plataforma de streaming brasileira opte por esse modelo de negócio.
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