Hebe: Conheça cinco histórias que a série da Globo não conta
Emissora exibe às quintas-feiras produção em homenagem à apresentadora
Publicado em 06/08/2020 às 04:28
A vida de Hebe Camargo está sendo recontada pela Globo, todas as quintas-feiras, na série Hebe. A trajetória da apresentadora, da infância pobre ao estrelato na TV, é apresentada ao público com algumas histórias inventadas e outras que fizeram falta.
Andrea Beltrão admitiu ter "penado bastante" para dar vida a Hebe no cinema e na série biográfica. "Não sei quantas milhares de horas da Hebe eu vi no computador. Quando vamos interpretar uma pessoa que existiu, não sabemos o que se passava dentro dela. É uma busca de aproximação, de tentar decifrar, ao mesmo tempo em que não existe possibilidade de se apoderar do que habitava a personalidade", detalhou ao jornal O Globo.
Quem conviveu com Hebe na intimidade revelou ao NaTelinha quais histórias eram falsas ou nunca aconteceram na vida real. A produção biográfica, por exemplo, manipulou a saída da apresentadora da Band e mostrou uma mulher que bebia e falava palavrão, o que incomodou o filho da loira, Marcello Camargo.
O NaTelinha relembra cinco fatos e personagens da carreira de Hebe que ficaram de fora ou mereciam um destaque maior na série da Globo. Confira:
Nair Bello
Hebe teve duas amigas inseparáveis na TV, mas apenas Lolita Rodrigues foi retratada na adolescência e na vida adulta. Nair Bello, interpretada por Cláudia Missura, aparece muito pouco na série da Globo. Lolita conheceu a atriz quando seu namorado fez um concurso de miss e ela foi candidata, antes da inauguração da Tupi. Com Hebe, Nair fez seu primeiro filme, Liana, a Pecadora (1951). A intimidade das três amigas pode ser vista na entrevista ao Programa do Jô, que merecia ser retratada na produção global.
Ronald Golias
A morte de Ronald Golias, em 2005, mexeu com Hebe. "Fomos amigos por décadas. Com ele dividi alguns dos grandes momentos da minha carreira", afirmou a apresentadora na ocasião. A série da Globo, porém, praticamente ignora o humorista, que contracenou com a loira em paródias de Cleópatra e Romeu e Julieta, entre outros programas. Na produção biográfica, ele é citado apenas quando o filho da apresentadora o vê em um filme antigo, e ela lamenta sua ausência da televisão.
O Mundo é das Mulheres
A série exalta uma Hebe à frente de seu tempo, que defendia as mulheres e os mais necessitados. Por isso, espanta a ausência do programa O Mundo É das Mulheres, comandado por ela em 1955 na TV Paulista (precursora da Globo). "Um homem tinha a obrigação de falar sobre as mulheres, se eles acreditavam que elas eram competentes e tinham a mesma capacidade dos homens. E a gente brigava com o entrevistado quando eles achavam que não. Acho até que, por causa do programa, começou o primeiro movimento feminista", explicou a apresentadora.
Xuxa
Enquanto a série da Globo inventou convidados para o programa de Hebe no SBT, como Chacrinha e Roberto Carlos, ignorou participações históricas, como a de Xuxa Meneghel, com raríssima autorização da emissora para visitar a concorrente. "Houve desmaios, crianças perdidas e tumulto generalizado entre as 2.000 pessoas que não conseguiram entrar", informou a Folha de S.Paulo em 1989. Mais uma história que merecia ser reconstituída na produção biográfica.
RedeTV!
O período de Hebe Camargo na RedeTV!, embora curto, é relevante para a carreira da apresentadora. Afinal, foi lá que a loira apresentou seu último programa e encerrou sua trajetória de mais de 60 anos na televisão. A série ignora a curta passagem de Hebe pela emissora, que renderia uma boa reconstituição de sua estreia, com alfinetada a Silvio Santos após sua saída do SBT: "Foram 25 anos de dedicação. Eu quero agradecer a você e sei que você não está vendo. Mas alguém vai te contar. Começo agora uma nova vida".