Assassinato de Daniella Perez vai virar série documental
Produção contará caso emblemático sob o ponto de vista de Gloria Perez
Publicado em 14/09/2021 às 22:20,
atualizado em 14/09/2021 às 22:29
O caso do assassinato de Daniella Perez (1970-1992) vai virar série documental na HBO max. A plataforma de streaming anunciou a novidade nesta terça-feira (14). A produção terá cinco episódios e será dirigida pela dupla Tatiana Issa e Guto Barra. Além da direção, Guto também assina o roteiro da trama. A série será contada através da visão de Gloria Perez, mãe de Daniella, sobre os fatos, além de depoimentos de parentes e amigos da atriz.
Anos após o assassinato de Daniella Perez e um grande movimento, a autora conseguiu a alteração na Justiça brasileira para enquadrar homicídio qualificado como crime hediondo. O crime ocorreu em 1992, e Daniella tinha apenas 22 anos quando foi assassinada pelo colega da novela De Corpo e Alma (1992), Guilherme de Pádua, que deu 18 golpes de tesoura até a morte da moça, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A primeira prisão do assassino de Daniella ocorreu em apenas 24 horas. A notícia de que Guiherme de Pádua era o autor do crime chocou todo o Brasil. Ele foi levado à delegacia e, de início, negou envolvimento no caso. Entretanto, acabou confessando horas mais tarde. Sua mulher na época, Paula Thomaz chegou a confessar participação no crime mas depois tentou voltar atrás no depoimento. Os dois foram presos no dia 31 de dezembro de 1992.
Guilherme chamou para si toda a responsabilidade do crime, porém, oito meses depois, em agosto de 1993, ele mudou seu depoimento afirmando que Paula também estava no local e que ela havia participado da morte. Os dois foram condenados a 19 anos de prisão, entretanto, graças ao "bom comportamento", foram soltos em 1999, com apenas sete anos de pena cumprida. Hoje, Guilherme de Pádua é pastor evangélico em Belo Horizonte.
Assassina de Daniella Perez abre queixa-crime contra Gloria Perez
Paula Thomaz, condenada pelo assassinato da atriz Daniella Perez em 1992, abriu uma queixa-crime contra a autora da Globo, Gloria Perez, mãe da vítima. Tudo depois que a escritora respondeu alguns comentários no Facebook sobre o fato de Paula estar investindo na carreira artística de sua filha mais nova. "Essa criminosa não tem limites", disse.
"Não preservou o filho que tinha na barriga quando se fez assassina e não preserva a filha de um meio (artístico) onde terá sempre como referência ser filha de uma assassina", prosseguiu a autora da Globo em sua rede social.
O fato fez com que Paula e seu marido, Sérgio Peixoto, abrissem um boletim de ocorrência contra Gloria Perez e também alguns dos seus seguidores na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, no Centro do Rio de Janeiro, pelos crimes de ameaça e divulgação.
Algumas ameaças foram listadas, tais como: "Vai Gloria, agora manda matar a filha dela" e "é bom ela colocar a filha sim, quem sabe acontece o mesmo e alguém tira a vida da filha dela da mesma forma. Aqui se faz, aqui se paga".
Gloria Perez já foi intimada a depor, mas a princípio, mandou um advogado para saber mais a respeito da denúncia. O inquérito ainda está em fase diligência e não se tornou um processo.