ONU pede punição para responsáveis pelo ataque de 8 de janeiro
Entidade endossou a proteção pela democracia e quer punição após o 8 de janeiro
Publicado em 08/01/2024 às 19:10
A ONU (Organização das Nações Unidas ) solicitou às autoridades brasileiras que se assegurassem de que os perpetradores, financiadores e mandantes dos ataques golpistas às instituições democráticas em 8 de janeiro de 2023 sejam investigados e levados a julgamento.
Para a entidade, é crucial que os brasileiros tenham acesso à "verdade completa" sobre os eventos ocorridos há um ano. Liz Throssell, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, alertou que os ataques do ano passado, resultantes de desinformação sobre os resultados das eleições democráticas e da incitação à violência por líderes políticos, sociais e econômicos, representaram uma ameaça extremamente séria à democracia.
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"Os ataques do ano passado, consequência da desinformação sobre o resultado das eleições democráticas e do incitamento à violência por líderes políticos, sociais e econômicos, foram uma ameaça extremamente grave à democracia", alertou.
"As pessoas no Brasil precisam saber toda a verdade e não deve haver impunidade, nem para aqueles que realizaram os ataques, nem para aqueles que os ordenaram, financiaram ou facilitaram", completou.
A ONU solicita às autoridades brasileiras que conduzam investigações imparciais, eficazes e transparentes, dentro de um prazo razoável, para responsabilizar os envolvidos, em conformidade com as normas internacionais de direitos humanos.
Apesar das preocupações, a entidade reconhece os esforços contínuos do atual governo brasileiro para fortalecer os direitos humanos, o estado de direito e promover a participação democrática.
Em 2023, a ONU já havia expressado confiança nas instituições nacionais para lidar com a situação, e agora reforça a importância de uma resposta efetiva aos ataques, destacando que a tentativa de golpe no Brasil causou apreensão internacional. Coordenações internacionais foram ativadas para deslegitimar os responsáveis pelos atentados e endossar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).