Entrevista exclusiva

Pantanal: "Se a Juma é uma onça, a Filó é uma loba", diz atriz aposta da Globo

Letícia Salles estreia na TV revivendo papel que foi de Tânia Alves e Jussara Freire


Letícia Salles em foto posada durante gravação de Pantanal
Letícia Salles estreia na TV em remake de pantanal - foto: João Miguel Júnior
Por Taty Bruzzi

Publicado em 16/02/2022 às 04:57,
atualizado em 16/02/2022 às 11:22

Letícia Salles, 26, ainda nem era nascida quando Pantanal foi ao ar pela primeira vez, na extinta rede Manchete. Hoje, aos 26 anos, a modelo que saiu do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para brilhar no mundo da moda, tem a responsabilidade de reviver a Filó jovem, papel que foi de Tânia Alves na versão original da novela de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1990. "A Filó é uma pessoa do bem, super do bem, uma mulher muito sábia, forte, generosa, que sente um amor que hoje em dia é muito difícil da gente encontrar. Se a Juma é uma onça, a Filó é uma loba, porque ela cuida da matilha", diz com exclusividade ao NaTelinha.

Na trama, a personagem se envolve com José Leoncio (Renato Góes) na primeira fase, por quem nutre um amor genuíno e com quem terá um filho, Tadeu (José Loreto), criado como afilhado do patrão de sua mãe.

"Uma de suas características mais fortes é a capacidade de amar, ela tem um dom de cuidar, de proteger. Esse amor que ela sente pelo José Leôncio, eu acho de uma grandiosidade e raridade incrível", avalia. "A fragilidade da Filó está no fato de que ela espera ser correspondida por esse amor que ela entrega. Ela sabe que é a mulher da vida dele", complementa.

Apesar de não ter assistido à versão original, Letícia se sente íntima das personagens porque sua família sempre falou muito bem de Pantanal. Já com relação a Filo, a atriz sente uma conexão. "Ela tem uma simplicidade com a qual eu me identifico demais, e que nos aproxima muito", observa.

Pantanal: \"Se a Juma é uma onça, a Filó é uma loba\", diz atriz aposta da Globo

Trabalhando como modelo desde os 19 anos, Letícia morou em Londres por dois anos, e voltou ao Brasil, em 2020, para estudar Artes Cênicas. O convite para o remake veio logo em seguida, e o teste foi seu primeiro contato com esse universo da TV.

Assim que recebeu as características da personagem, a atriz pesquisou por imagens da novela e vídeos na Internet, para tentar entender melhor às meninas que viviam nas currutelas.

"Vi algumas entrevistas, mas acho que a experiência mais incrível mesmo aconteceu depois que eu cheguei no Pantanal. Eu já estava construindo essa personagem antes, mas estar nessa vivência do dia a dia, nos aproxima ainda mais", avalia.

"Converso com pessoas que já conviveram com mulheres de currutela e todo dia descubro algo diferente sobre a Filó que é fundamental para a sua construção. Aliás, é uma personagem que sempre estará em construção, a gente vai se descobrindo ao longo do processo", explica.

"Precisei me desajsutar", diz sobre a construção da Filó

Pantanal: \"Se a Juma é uma onça, a Filó é uma loba\", diz atriz aposta da Globo

Para remake de Pantanal, Letícia Salles teve que fazer aulas de expressão corporal, o que não deixa de ser curioso para quem é uma modelo profissional. Ela explica que por ter uma postura muito ereta, precisou se "desajustar".

"O que a Filó tem é o aterramento, eu precisei ter mais isso. Ficar mais solta, sentir meus pés mais firmes. Eu tive um trabalho corporal para chegar nesse lugar. Tive prosódia também, tenho um sotaque carioca bem forte", acrescenta.

Já sobre a caracterização, a atriz precisou fazer uma extensão dos fios com uso de aplique. "Gravo com ele solto, às vezes meio preso, como quando estou na cozinha. E maquiagem quase nada, só tirar umas imperfeições da pele, mas é tudo muito natural", detalha.

Letícia também participou de um workshop de três dias ao lado de Dira Paes, que vive a personagem na segunda fase da novela da Globo. Para ela, essa troca com a veterana foi muito enriquecedor. "Foi incrível! Trocamos sobre a personagem, nos encontramos algumas vezes, e ela me ajudou bastante a encontrar esse lugar da Filó", elogia.

"Aprendi a fazer algumas coisas, a manusear certos instrumentos da cozinha que eu não sabia como usar, a fazer curau de milho, uns doces de mandioca muito gostosos, limpar peixe, descascar mandioca.", lista.

Sobre a experiência de gravar no Pantanal, ela aponta o lugar como mágico, porém muito quente. "Está sendo muito importante, porque estou encontrando mais ainda a Filó, esse lugar dela, consegui me ambientar, sentir as vibrações desse Pantanal", fala.

"Estou empolgada de ter vindo para esse lugar, mas triste de ver a seca que está aqui. Temos um bioma muito rico, administrado de maneira muito irresponsável". conclui a atriz.

 

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado