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Globo muda forma de gravar novelas e gera críticas no elenco

Produção e atores não estão gostando do ritmo alucinante de gravações para estrear obra fechada


Elenco de Quanto Mais Vida Melhor com máscara
Quanto Mais Vida Melhor estreia em outubro toda gravada
Por Ana Cora Lima

Publicado em 27/09/2021 às 04:00,
atualizado em 27/09/2021 às 09:57

A nova ordem da Globo de estrear as próximas novelas inéditas já praticamente finalizadas não está agradando as equipes de produções das tramas e muito menos atores. Além de gravar em um ritmo alucinante os capítulos – praticamente são 150 em quatro meses -, os profissionais reclamam de trabalhar no escuro.

“Todo mundo sabe que novela é uma obra aberta, que sempre existiu um diálogo com o público e, por conta dessa nova diretriz, não se tem isso agora. Os atores reclamam nos bastidores que já que estão gravando, as novelas poderiam entrar no ar porque os outros setores, como a técnica e pós-produção também trabalham juntos. Existe um estranhamento e também uma torcida para que volte como era antes”, contou ao NaTelinha um produtor, que pediu para não ser identificado.

Outra coisa que preocupa é o fato da novela não agradar o público e aí poderão acontecer algumas regravações, como houve com Nos Tempos do Imperador. “Estamos trabalhando no escuro. Não sabemos nada nem temos ideia de como vai ser”, contou um integrante da equipe de Quanto Mais Vida Melhor.

A novela de Mauro Wilson está prevista para estrear em novembro, assim como Um Lugar ao Sol, trama das nove de autoria de Lícia Manzo. Já Verdades Secretas 2, de Walcyr Carrasco, para o horário das 23h, apesar do teaser divulgado, a direção ainda não tem uma data definida justamente porque as gravações atrasaram e ninguém sabe a previsão.

Nos Tempos do Imperador sofreu críticas e terá cenas regravadas

Globo muda forma de gravar novelas e gera críticas no elenco

No ar desde agosto, Nos Tempos do Imperador estreou completamente gravada, por conta da pandemia da Covid-19, e sofreu críticas pela forma como temas como escravidão e racismo foram abordados.

Diante disso, a Globo pediu mais atenção na história e ordenou cortes e regravações de algumas cenas, com a chegada do escritor Nei Lopes para dar consultoria. Entre elas, algumas envolvendo a Princesa Isabel, que na segunda fase da trama é interpretada por Giulia Gayoso.

Recentemente, a própria autora pediu desculpas como quando Pilar (Gabriela Medvedovski) falava sobre racismo reverso, o que não existe. A obra também será avaliada em um grupo de discussões com telespectadores promovido pela própria emissora.

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