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Tutinha renuncia à presidência da Jovem Pan após cobertura de terrorismo no DF

O empresário estava no cargo mais alto do grupo há 10 anos


Tutinha de camisa branca e paletó preto, sem sorrir
Tutinha está na Europa desde dezembro do ano passado - Divulgação
Por Jéssica Alexandrino, com Sandro Nascimento

Publicado em 09/01/2023 às 13:27,
atualizado em 09/01/2023 às 14:35

Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, renunciou à presidência da Jovem Pan um dia após a emissora ser acusada de defender os atos terroristas que aconteceram em Brasília no domingo (8). O empresário será substituído no cargo por Roberto Araújo, que atua como CEO do canal desde 2014.

Segundo apurou o NaTelinha, nos bastidores da JP especula-se que esse movimento foi uma tentativa de blindar o grupo e a família Carvalho, que vem se envolvendo em diversas polêmicas relacionadas ao apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Tutinha desempenhava a desde 2013 e, desde que a família Carvalho comprou a Jovem Pan, será a primeira vez que a emissora será presidida por alguém de fora do clã. O empresário, que está na Europa desde dezembro, seguirá no quadro de acionistas do grupo.

A saída de Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho foi adiantada pelo Tudo Rádio e confirmada pelo NaTelinha junto à própria emissora.

Jovem Pan estaria descumprindo Código Brasileiro de Telecomunicações

Logo da Jovem Pan em fundo vermelho

Desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas em sua tentativa de reeleição, os eleitores do político questionam o resultado do pleito e a Jovem Pan vem sendo acusada de inflar os bolsonaristas. No domingo (8), a situação ganhou proporções maiores porque a emissora atenuou a gravidade do que aconteceu em Brasília, quando terroristas enfrentaram as forças policiais e depredaram o patrimônio público.

Durante a cobertura das manifestações antidemocráticas, a JP não chamou em nenhum momento a atitude de criminosa ou de terrorismo e usou até comentaristas para legitimar os atos. Políticos e jornalistas lembraram na web que a emissora é uma concessão pública e pediram punição para a atitude.

O argumento é de que o canal estaria descumprindo o artigo 53 do Código Brasileiro de Telecomunicações, que diz: "Constitui abuso, no exercício de liberdade da radiodifusão, o emprego desse meio de comunicação para a prática de crime ou contravenção previstos na legislação em vigor no País".

A lei inclui, entre os abusos, atitudes como "incitar a desobediência às leis ou decisões judiciárias", "insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas forças armadas ou nas organizações de segurança pública", "caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativos, Executivo ou Judiciário ou os respectivos membros", "veicular notícias falsas, com perigo para a ordem pública, econômica e social" e "colaborar na prática de rebeldia desordens ou manifestações proibidas".

Ainda segundo apurou o NaTelinha, a emissora está ciente das possíveis consequências legais que pode sofrer pela postura adotada em relação ao momento político pelo qual o país está passando. Em outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou abrir uma investigação contra a Jovem Pan para apurar um suposto tratamento privilegiado a Bolsonaro, atendendo um pedido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em novembro, o canal da JP no YouTube foi desmonetizado pela plataforma sob a acusação de disseminar fake news. Desde então, o perfil do veículo de comunicação não poderá ganhar dinheiro com os vídeos compartilhados na rede social. De acordo com o YouTube, que fez uma análise minuciosa do conteúdo divulgado pela emissora, o programa Pingos nos Is cometeu um desserviço.

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