Cenas lamentáveis

Jovem Pan é acusada de defender atos terroristas em Brasília

Canais de notícias entraram em plantão para cobertura de ator terroristas


Imagem da Jovem Pan
Jovem Pan chamou terroristas de manifestantes
Por Claudio Augusto

Publicado em 08/01/2023 às 17:17,
atualizado em 08/01/2023 às 17:25

As principais emissoras de notícias iniciaram por volta de 15h deste domingo (8) a cobertura sobre a invasão ao Congresso Nacional, em Brasília. Enquanto GloboNews e CNN Brasil, que foi a primeira a entrar no ar, classificam os participantes dos atos como "terroristas", a Jovem Pan tratou como manifestantes.

Na GloboNews, o jornalista Erick Bang iniciou a cobertura ao lado de Valdo Cruz. Gustavo Sampaio, professor de Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense, se juntou ao programa e fez duras falas contra os movimentos golpistas. "É preciso investigar, acusar, processar e condenar os mandantes e os participantes por crime de ordem constitucional e contra o Estado democrático de direito. [...] Os três palácios invadidos, depredados, em uma ação de significa ódio à democracia, ódio à Constituição da República, e ódio à bandeira do Brasil. É preciso que haja resposta penal imediata do estado", disse o magistrado.

Já na CNN Brasil entrou com um plantão ao vivo pouco antes de 15h, momentos antes dos manifestantes golpistas furarem todos os bloqueios policiais e invadirem o Congresso Nacional. às 16h30, o canal acionou Daniela Lima, titular do CNN 360, para se somar à cobertura. "Vejam estas imagens... Isso é meu, é seu, é nosso dinheiro. Dinheiro que esta gente decidiu torrar com uma pauta golpista. Uma pauta que não irá a lugar algum", condenou a jornalista.

Na Jovem Pan, cobertura atenua ataque à democracia

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Enquanto isso, na Jovem Pan, canal que fez questão de não esconder apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atenuou a gravidade da invasão terrorista em Brasília. Com direito a repórter vestida de verde e amarelo e no meio dos manifestantes, a emissora defendeu os ideais dos criminosos.

"Muita gente pedindo mais transparência nas eleições, algo que foi pedido ano passado, logo após o segundo turno... E, uma semana depois de Lula assumir a presidência da República, o povo brasileiro veio às ruas, evitou o confronto do dia primeiro", disse a repórter Berenice Leite, enquanto homens gritavam "é tudo nosso" ao fundo.

Nas redes sociais, há quem acuse a emissora de defender os atos terroristas. O canal não chamou em nenhum momento a atitude de criminosa ou de terrorismo e usou até comentaristas para legitimar os atos. Políticos e jornalistas lembraram na web que a emissora é uma concessão pública e pediram punição para a atitude.

 

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