Fim de ciclo

Diretor Jayme Monjardim deixa a Globo após 40 anos

Veterano já revelou seus novos projetos


Jayme Monjardim de roupa social preta e expressão reflexiva, sem olhar para a câmera
Jayme Monjardim dirigiu sucessos como O Clone e América - Reprodução/TV Globo

Jayme Monjardim anunciou sua saída da Globo após 40 anos. O diretor, que comandou novelas clássicas, como O Clone (2001) e América (2005), afirmou que a decisão de encerrar seu vínculo com a emissora foi tomada de maneira consensual e revelou que tem planos de seguir sua trajetória com a própria produtora.

"A decisão foi de ambas as partes", pontuou o veterano, de 68 anos, à revista Veja São Paulo. O contrato dele com o canal carioca termina oficialmente no próximo dia 1º de agosto. Após data, o objetivo é continuar produzindo folhetins, séries e filmes fora da casa.

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Sobre o futuro, Jayme Monjardim contou: "A ideia é abrir uma produtora com fundo de investimentos e trabalhar esses projetos, seja para televisão, seja para streamings e cinema. O importante é continuar criando".

A produtora foi batizada de Putz, está sediada no bairro do Limão, na capital paulista, e vai abraçar todas as ideias do diretor, como um filme sobre a vida de Pelé (1940-2022), um longa sobre Maria Bonita e outro sobre o surfista e médico Guido Schäffer.

Jayme Monjardim vai continuar produzindo novelas

Jayme Monjardim sorrindo, de roupa branca, com mãos unidas próximas ao queixo

Além dos filmes, Jayme Monjardim destacou que não vai se afastar das novelas. "Era um grande sonho fazer Romaria, uma história que percorre todo o Brasil", adiantou o diretor, sobre a trama que terá parte de suas gravações feitas em Cabaceiras, no interior da Paraíba.

A sinopse gira em torno de uma família assolada por brigas e o reencontro dos irmãos muitos anos depois. "O brasileiro está cansado de tanto assassinato, traição e vilões. A novela é um sucesso quando o público se identifica e vibra com os personagens", ensinou o veterano.

A estreia de Jayme Monjardim no teatro acontecerá com a direção de um musical sobre sua mãe, a cantora Maysa (1936-1977). "É curioso porque meu primeiro documentário foi sobre Maysa, depois o primeiro longa, que acabou virando especial, e agora a peça. Parece que ela segue sempre me ajudando a caminhar", pontuou ele, sobre a peça que será protagonizada por Claudia Netto e tem estreia prevista para 2025 no Rio de Janeiro.

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