Governo do RJ é condenado a pagar R$ 80 mil de indenização a Cacau Protásio
A atriz foi ofendida durante uma gravação em quartel de bombeiros
![Cacau Protásio posando com farda do Corpo de Bombeiros, sorrindo](https://imagem.natelinha.uol.com.br/original/cacau-protasio-sera-indenizada-80-mil_7204.jpeg)
Publicado em 26/12/2023 às 17:50
A Justiça do Rio de Janeiro determinou, em segunda instância, que Cacau Protásio receba uma indenização de R$ 80 mil. A atriz sofreu ataques e ofensas racistas quando foi a um quartel do Corpo de Bombeiros no centro da capital carioca para gravar um filme.
O caso ocorreu em novembro de 2019, quando ela estava no elenco do longa Juntos e Enrolados. Depois que a gravação terminou, começaram a circular áudios e vídeos em que agentes da corporação reclamavam da gravação e faziam comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos contra a artista e outros integrantes da produção.
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Na época, o Corpo de Bombeiros disse que não compactuava com qualquer tipo de ação discriminatória contra Cacau Protásio ou qualquer pessoa. A gravação ocorreu com autorização da corporação e contou com o acompanhamento de um bombeiro responsável.
Justiça levou em consideração a gravidade das ofensas a Cacau Protásio
Quando a gravação no quartel do Corpo de Bombeiros ocorreu, Cacau Protásio disse que não teve problemas e foi bem tratada pelos profissionais, mas depois recebeu mensagens dizendo que imagens dos bastidores estavam circulando na web com os comentários preconceituosos.
A corporação afirmou no processo que identificou os dois agentes responsáveis pelas filmagens e os puniu. De acordo com o g1, um deles, que gravou e compartilhou as imagens foi detido por 3 dias. O outro, que gravou e compartilhou um áudio com ofensas, foi detido por 10 dias.
A desembargadora Ana Cristina Nacif Dib Miguel, relatora do caso, disse que o valor de R$ 80 mil foi determinado porque se levou em consideração que o Estado é responsável pelas ações de seus funcionários, além da gravidade das ofensas e a repercussão do episódio.
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