Da Bahia

Manoel Soares por trás das câmeras: seis filhos e loucura no Encontro

O apresentador assumirá o matinal ao lado de Patrícia Poeta nesta segunda (4)


Manoel Soares de óculos escuros e camiseta bege com as mãos levantadas e sorrindo
Manoel Soares em clique publicado nas redes sociais - Reprodução/Instagram
Por Jéssica Alexandrino

Publicado em 04/07/2022 às 06:30,
atualizado em 04/07/2022 às 09:36

Baiano de Salvador, Manoel Soares já morou nas ruas de Porto Alegre e trabalhou em uma gráfica antes de chegar na RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, e migrar para a emissora principal, onde passou por programas como Profissão Repórter e É de Casa. O jornalista, de 43 anos, assume o comando do Encontro ao lado de Patrícia Poeta nesta segunda-feira (4), mas tem muitas histórias além das que o público ouve quando ele está no ar.

O apresentador é casado com Dinorá Rodrigues, ele tem quatro filhos biológicos, Izael, Ezequiel, Leonardo e Miguel, e dois enteados, os quais ele chama de "filhos do coração", Vitoria e Alex. Manoel foi pai pela primeira vez aos 22 anos e, em entrevista à Trip, confessou que com os filhos mais velhos era mais rígido porque estava na "energia da militância". Com os mais novos, ele diz que se prepara mais para o afeto, mas que o mais importante é dar para as crianças tudo o que ele não teve.

O comunicador passou a primeira infância em uma comunidade da capital baiana, da qual seu pai liderava a criminalidade. Soares se mudou para São Paulo aos oito anos de idade, quando sua mãe, Dona Ivanete, decidiu fugir com os quatro filhos e se afastar do contexto violento em que viviam. Em uma determinada fase, Manoel chegou a flertar com o mundo do crime e foi aí que sua mãe mandou que ele fosse morar com um tio em Porto Alegre, onde os dois trabalharam em uma gráfica que faliu um tempo depois.

Sem querer voltar a morar com a mãe, Manoel fez alguns bicos, mas ficou cerca de quatro meses em condição de rua e, após uma entrevista sobre a semana da Consciência Negra, conseguiu um emprego para fazer faxina em uma emissora de TV. Lá, passou a atender telefones, imprimir documentos e, quando viu, estava trabalhando com o gerador de caracteres e envolvido com a televisão.

Da TVE, Manoel Soares foi para a RBS, onde trabalhou por quase 20 anos e de onde estava prestes a sair quando uma das histórias mais loucas de sua vida aconteceu. O jornalista queria ser demitido para, com o dinheiro do acerto de contas, montar uma franquia de pão de queijo para vender nas paradas de ônibus. Sabendo das intenções do funcionário, um chefe do canal ofereceu a oportunidade dele fazer entradas ao vivo em programas da Globo, como próprio o Encontro.

"Pra quem é repórter de afiliadas, existe um padrão mais sério pra que você possa fazer Jornal Nacional, Jornal Hoje... Raramente você vai ter uma pessoa 'doida'", contou ele, ao Que História É Essa, Porchat?, lembrando que fez uma matéria com uma espontaneidade que não era comum e provocando risadas no estúdio. A falta de seriedade surtiu efeito contrário e, em vez de ser dispensado, ele foi convidado por Fátima Bernardes para integrar o elenco fixo do matinal. "Isso virou um convite para eu ir ao programa dela, ficou aquela coisa e, quando eu cheguei na redação, as pessoas 'legal, parabéns, Manoel'", revelou.

Manoel Soares dizia que queria ser ator

Manoel Soares por trás das câmeras: seis filhos e loucura no Encontro
Foto: Kelly Fuzaro/TV Globo

Desde criança, Manoel Soares tinha vontade de trabalhar na TV, mas queria ser ator. Desestimulado pelos primos, que diziam que ele tinha que aprender a virar concreto para trabalhar na construção civil, ele ficava triste, mas nunca deixou de receber o apoio da mãe. "'Manoel, por cima do medo, coragem'. É o bordão da vida dela. E ela dizia que eu ia conseguir. Então, quando eu estreei [como apresentador] no É de Casa [no dia 12 de setembro de 2020] eu fiz questão de dedicar a ela essa conquista", declarou ele, à Trip.

Manoel, que nas horas vagas gosta de compor músicas para os filhos e editar vídeos, migrou do É de Casa para o Encontro com a mudança das Super Manhãs da Globo. Em entrevista ao NaTelinha um dia antes do anúncio da nova programação ser feito, ele tentou despistar e disse que toparia qualquer desafio proposto pela emissora.

"Só quero continuar trabalhando para encher as latinhas em casa. Se tiver que ser varrendo o chão, trabalhando no É de Casa, auxiliando a Tatá Werneck, ajudando a encher o copo de alguém com refri, tô fazendo o que mandarem fazer", pontuou.

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