Justiça italiana prepara extradição de Robinho após condenação por violência sexual
Um pedido de prisão internacional também pode ser emitido nos próximos dias
Publicado em 31/01/2022 às 17:56
Nesta segunda-feira (31), a Justiça italiana iniciou o processo de extradição de Robinho, após o craque ser condenado a violência sexual. O pedido de execução de pena contra o jogador de futebol Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, foi registrado na Procuradoria de Milão, na Itália, segundo o jornal Corriere Della Sera. Além da extradição, um pedido de prisão internacional também pode ser emitido nos próximos dias.
De acordo com a legislação brasileira, o jogador de futebol e Ricardo não podem ser extraditados diretamente, mas um mandado internacional de prisão impedem que os réus realizem viagem fora do país.
Mesmo com a condenação em definitivo, o tratado de cooperação judiciária em matéria penal entre Brasil e Itália, assinado em 1989 e ainda em vigor, não prevê que uma condenação imposta pela justiça italiana seja aplicada em território brasileiro.
A Corte de Cassação da Itália, última instância do judiciário do país, confirmou, no dia 19/01, a condenação de Robinho e Ricardo pelo crime de violência sexual de grupo contra uma mulher, em 2013. Ambos devem cumprir nove anos de prisão. A sentença vai sair em 30 dias.
O julgamento ocorreu na Corte de Cassação de Roma, que no ordenamento jurídico italiano é equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil. O jogador e seus advogados apresentaram um último recurso, que foi negado pela corte italiana.
Saiba como foi o crime que Robinho foi acusado
O crime ocorreu na boate Sio Café, em Milão, em 2013, período em que o jogador estava no elenco do Milan. A decisão da Justiça é baseada no artigo 609 bis do código penal italiano.
Os advogados de Robinho dizem que a mulher aceitou participar do ato sexual. Em depoimento em 2014, o atleta afirmou que esteve com a moça, que ela praticou sexo oral, contudo, com a autorização dela e sem a participação de terceiros.
No entanto, a mulher deu outra versão. Ela alega que estava “completamente bêbada”, quando foi dominada e forçada a ter relações sexuais com o jogador e outros homens. Em outubro, o portal de notícias esportivos da Globo apresentaram diálogos entre Robinho e seus amigos que embasaram a condenação.
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