Opinião

Atuação da Semana: Letícia Spiller rouba cena em seu melhor papel desde Babalu

Atriz vem roubando a cena em Cidade Invisível


Letícia Spiller em Cidade Invisível
Letícia Spiller brilha em Cidade Invisível - Foto: Reprodução/Netflix

Que a Globo é uma empresa que dá estabilidade para qualquer funcionário não há que se negar. Mas se a vida financeira tranquila é algo a se buscar, ela tem seus contratempos. A emissora acaba engessando parte de seu elenco, principalmente artistas de novelas, em papéis semelhantes por quase toda a vida. Quando saem da bolha global, alguns se perdem e outros se encontram. É o caso de Letícia Spiller, que tem em suas mãos, na nova temporada de Cidade Invisível, uma de suas melhores interpretações da vida.

A atriz da vida a Matinta Perê, uma das muitas criaturas da mitologia brasileira e que muitas vezes é ignorada pelo grande público. Logo no primeiro episódio da nova temporada de Cidade Invisível, produção da Netflix Brasil, a personagem surge de um jeito assustador e faz duas aparições que chamam a atenção do público. A caracterização lembra muito de uma bruxa velha daqueles contos de fadas que todos ouvem quando criança e acabam tendo medo de alguma velhinha antipática da esquina.

Para quem não está familiarizado com a lenda, eis a sinopse da história da personagem. "Matinta Pereira é uma bruxa velha que assombra as casas das redondezas durante à noite, momento em que ela se torna um pássaro, o “Rasga Mortalha”. Assim, o pássaro pousa nos telhados ou nos muros das casas emitindo um assobio alto e estridente para que os moradores deem conta de sua presença".

Para viver Matinta, Letícia Spiller se despiu de uma característica que a perseguiu em todas as personagens: a beleza física. Cheia de maquiagem, envelhecida, com um figurino de dar medo e os cabelos (ou peruca?) destroçados, a criatura em nada lembra mocinhas e vilãs vividas por ela em várias novelas da Globo.

Se Spiller aprendeu a interpretar no piloto automático, como as tramas globais exigem pela produção industrial de cena, ela mostra em Cidade Invisível que sabe ir muito além. Suas aparições são certeiras e logo a atriz virou o grande destaque de uma temporada recheada de craques (Marcos Pigossi e Alessandra Negrini, para citar dois).

Se há 30 anos o público se apaixonou por Letícia Spiller no papel da sensual, sexy e espevitada Babalu, agora a paixão é pelo oposto. A atriz criou trejeitos que parecem mesmo de uma bruxa, pelo andar torto e, principalmente o olhar de esguio, para gerar dúvida e medo. O destaque é para o tom de voz, completamente diferente de tudo que ela já experimentou em outros personagens.

Assim como aconteceu com Reynaldo Gianecchini, Letícia teve que sair dos portões da Globo para receber um de seus melhores personagens da carreira. E para lembrá-la e ao grande público que há vida fora das novelas - o que não significa que exista vida sem novelas.

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