Opinião

Autora de Vai na Fé cumpre sina de salvar horário nobre da Globo

Depois de Totalmente Demais e Bom Sucesso, Rosane Svartman está à frente mais um ótimo trabalho às 19h


Totalmente Demais, Vai na Fé e Bom Sucesso
Marina Ruy Barbosa e Felipe Simas em Totalmente Demais; Sheron Menezzes em Vai na Fé; e Antonio Fagundes e Grazi Massafera em Bom Sucesso: sucessos às 19h - Fotos: Divulgação/Globo

Totalmente Demais, Bom Sucesso e a atual novela das 19h, Vai na Fé, têm vários fatores em comum. Todas assinadas por Rosane Svartman – as duas primeiras, de 2015 e 2019, em coautoria com Paulo Halm –, as tramas trazem a escrita criativa e moderna da autora, que sabe bem relacionar temas contemporâneos à estrutura clássica dos folhetins. Não à toa, está, mais uma vez, cumprindo sua sina de salvar o horário nobre da Globo.

Além de semelhanças relacionadas às características do texto de Rosane Svartman, as três novelas das 19h foram exibidas enquanto a trama das 21h enfrentava algum problema, seja de audiência ou de recepção da crítica. Nas duas ocasiões anteriores, as histórias exibidas às sete da noite conseguiram elevar o padrão de qualidade no horário nobre – e parece que também vai ser o caso da trajetória de Sol (Sheron Menezzes), atualmente no ar na faixa.

Exibida entre 2015 e 2016, Totalmente Demais dividiu a grade da Globo com novelas das nove que foram mal: A Regra do Jogo (2015) e Velho Chico (2016). Enquanto a trama das 19h chegou ao fim com média de 27,4 pontos na Grande São Paulo - e um recorde de 37 no último capítulo - as outras duas anotaram 28,5 e 29,0, respectivamente.

Além dos números próximos – sendo que novelas das 21h tradicionalmente têm audiência muito superior às das 19h –, não foram raras as vezes que o conto de fadas moderno protagonizado por Eliza (Marina Ruy Barbosa) deu mais público que o capítulo do dia da principal novela da programação. Reprisada no mesmo horário em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, teve uma média ainda maior: incríveis 29,5 pontos.

Já Bom Sucesso, no ar entre 2019 e início de 2020, dividiu a grande a maior parte de sua trajetória com A Dona do Pedaço (2019), que foi bem de audiência, mas era frequentemente detonada pela crítica e por quem comentava a trama nas redes sociais. Enquanto a trama das 19h deu com Grazi Massafera e Antonio Fagundes nos papéis principais, deu média de 28,9 pontos, a trama de Maria da Paz (Juliana Paes) fechou com 36,0.

O maior feito, contudo, foi com a crítica. Bom Sucesso faturou praticamente todos os prêmios de melhor novela referentes ao ano de 2019. Abocanhou não só os troféus definidos por especialistas em TV, como o da APCA (Associação Paulista de Críticas de Arte), mas também alguns que dependiam do voto popular, como o do NaTelinha.

Com Vai na Fé, parece haver uma mistura das outras duas experiências. A novela vem agradando a crítica e também está recebendo elogios do público. O sucesso vem se traduzindo em números ascendentes desde a primeira semana, bem próximos aos de Travessia, que, aparentemente, não está agradando ninguém às 21h. Se seguir assim, a tradição será mantida por Rosane Svartman.

É a primeira vez que a autora assina uma novela sozinha. Com Paulo Halm, ela escreveu, além das já citadas, Malhação: Sonhos (2014), outro bom trabalho que ajudou a elevar o moral da novelinha teen, em baixa na época. O bom desempenho de Vai na Fé, até aqui, mostra que a novelista pode facilmente comandar sozinha um bom trabalho – e a Globo volta a contar com ela como um “coringa” enquanto sua principal novela vai mal das pernas.

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