BBB passa pela crise dos pós 20 como todo casamento longo
Reality chega às bodas de prata com público fiel e menos audiência
Publicado em 20/01/2025 às 06:00,
atualizado em 20/01/2025 às 21:09
O Big Brother Brasil chega a sua 25ª edição como o maior e mais famoso reality da televisão brasileira. Quando se pensa em um programa dessa estrutura é inegável que por trás existe toda uma mobilização para que ele aconteça.
Cenógrafos, diretores de arte, operadores de câmera e de som, redatores... São centenas de profissionais juntos para colocarem no ar uma atração diária e que não para. São 24 horas, literalmente, de produção.
A primeira edição do BBB estreou na Globo no dia 29 de janeiro de 2002 e, embora não tenha sido o primeiro reality da emissora, dois anos antes era a vez de o No Limite ocupar a tela e as rodinhas de conversas por todo o Brasil, o programa logo se tornou febre.
Os motivos para o sucesso são fáceis de listar: disputa, prêmio em dinheiro, dinâmica, personagens distintos, conflitos... Tudo o que uma boa atração tem para chamar a atenção do público de casa. Em especial, quem adora espiar a vida alheia.
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E assim tem sido desde a primeira edição. Mobilizações gigantescas para levar um participante à final, consagrando-o como grande vencedor. Já o perfil do "brother dos brothers" não existe. Porque assim como o elenco muda a cada ano, a torcida do telespectador também.
Nestes 23 anos de Big Brother ficou claro que o campeão sofre mutações. Às vezes, de um reality para o outro. Não à toa, quem já esteve na casa diz que não adianta criar uma estratégia antes de atravessar aquela porta porque uma vez estando lá dentro ela pode facilmente ser deixada do lado de fora.
Já teve edição que o vilão foi execrado e outras em que o machista ou a preconceituosa venceram. Teve quem se agarrou às orações, à causa dos animais abandonados, à história de vida sofrida e, até, a uma boneca de lata. Não me surpreenderia se um dia aparecesse o leão e o espantalho.
Tudo bem acordar a galera aos gritos de "Olha ela!". O que não pode é bater panela no meio da madrugada enquanto canta: "Em cima, embaixo, puxa e vai". Ah, e andar de sunga branca pela casa pode acabar em agressão.
Um casamento para dar certo precisa de renovação de votos?
"Na alegria ou na tristeza, na xepa ou no VIP, continuaremos juntos até que nenhum paredão nos separe".
Tadeu Schmidt
Renovar votos pode até ser bonitinho, mas não garante um casamento duradouro. Infelizmente, a vida não é um conto de fadas e nem tudo são flores, já dizia o poeta. Mas qual seria a fórmula do amor?
Em se tratando de casais da vida real, a cumplicidade e a parceria funcionam bem, só não é o suficiente. Chega um momento no relacionamento em que a gente já conhece tudo do "partner".
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Então, é hora de novidads. Nada que um vale night no meio da semana não resolva. Com o BBB não tem que ser diferente e quem faz o programa acontecer sabe disso.
Por isso que a cada edição surge algo novo: anônimos e famosos, VIP e xepa, casa de vidro e quarto branco... No final, será tudo junto e misturado, mas não dá pra colocar fogo no parquinho sem acender o fósforo. Concorda?
Para este ano, além da mudança na direção com a saída do Big Boss Boninho, outra novidade é a entrada de duplas na casa: casais, mãe e filho, genro e sogra, pai e filha, amigos, irmãos.
Até então, a mistura nesse caldeirão não tem empolgado muito o telespectador, não. Por outro lado, estando há poucos dias no ar, ainda é muito cedo afirmar que o BBB 25 vai flopar.
Mas seria exagero dizer que o programa estreou em crise? A audiência não tem emplacado, mas se tratando de uma atração que fica no ar em média por três meses esse resultado não só pode mudar como deve.
Além de um público fiel, e que perpetua até hoje, sempre tem aquele que adora dar uma espiadinha. Nem que seja para criticar depois.
