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Resgatada pela Globo, polêmica novela de Aguinaldo Silva pode ter novo título


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Divulgação

Em breve, Aguinaldo Silva e a direção da Globo terão uma reunião para definir todos os detalhes sobre a retomada de produção de "O Sétimo Guardião", nova novela do autor para a faixa das 21h.

Dentre outras questões, a decisão sobre o novo título da polêmica trama que tem a autoria da sinopse sendo questionada na Justiça. Segundo apuração do NaTelinha, "O Guardião" tem grandes chances de emplacar como novo nome da história que tem previsão de estreia para novembro de 2018, com direção de Rogério Gomes.

Recentemente, em seu blog, Aguinaldo Silva se referiu ao "O Sétimo Guardião" como "novela descartada", e completou: "cujo título nunca mais sequer escreverei".

Além disso, na última quinta-feira (14), o autor falou sobre a retomada da produção da trama: "Sou contratado para escrever novelas, fui chamado para escrever mais uma, já escolhida pela emissora, e vou fazê-lo. Simples assim, sem maiores dramas".

Em setembro, informando o cancelamento da produção da novela, a Globo emitiu o seguinte comunicado: "Aguinaldo Silva avisou à Globo que, ao começar o desenvolvimento de 'O Sétimo Guardião', viu novas possibilidades de história e se encantou por um caminho totalmente novo. A Globo topou, manteve a previsão de estreia da novela, depois de João Emanuel, e te deu um prazo até dezembro para a entrega dessa nova proposta de texto. O autor está viajando para Portugal".

Esse novo caminho dito pela Globo foi a sinopse de "Enquanto Seu Lobo Não vem", desenvolvida por Silva como uma alternativa ao "O Guardião", porém, a história não foi aprovada pela direção do canal.

Com isso, para não ficar fora da grade da Globo por um longo período, o autor teve duas opções: escrever a história dos guardiões, que tem sua coautoria requerida pelo escritor Silvio Cerceau, ex-aluno do curso de roteiristas ministrado por Aguinaldo, e assim, permanecer no horário das 21h, ou desenvolver um projeto para a faixa das 23h, num formato de supersérie, baseado em diversos romances do novelista, que tem em sua história central o mistério em torno de uma série de assassinatos ocorridos dentro de uma república.

"O Sétimo Guardião mudará de nome... Mas a essência. O DNA. Um filho tem o DNA do pai e da mãe", publicou o ex-aluno da Master Class, Silvio Cerceau, em seu perfil no Twitter neste domingo (17).

Tanto Aguinaldo Silva quanto Cerceau utilizam suas redes sociais ativamente para publicar desabafos e indiretas um ao outro sobre o imbróglio de coautoria de "O Guardião".

Na opinião de alguns roteiristas ouvidos pela reportagem, a Globo, ao decidir produzir a sinopse de "O Sétimo Guardião", abre um procedente perigoso e pode ser questionada quanto a ética, no que diz respeito a proteção dos direitos autorais, por não existir, por enquanto, uma decisão final na justiça sobre a coautoria da novela.

O caso parou na Justiça

Desde o dia 23 de novembro, aberto por Aguinaldo Silva contra seu ex-aluno, Silvio Cerceau, toda a polêmica em torno da sinopse de " O Sétimo Guardião" foi parar na justiça com o nº 026617324-2017.89.0001.

A primeira audiência de conciliação acontece no dia 07 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

Adiamento

Antes do imbróglio sobre os direitos autorais de "O Sétimo Guardião" se tornarem pública, a novela estava prevista para entrar no ar após " O Outro Lado do Paraíso", em abril de 2018, porém, em julho, a trama foi adiada.

Oficialmente, a Globo alegou que a direção e equipe técnica da trama seriam as mesmas de "A Força do Querer", e por isso, teriam que emendar dois trabalhos. Para dar férias aos profissionais, decidiu-se antecipar a obra de João Emanuel Carneiro em seu lugar.

O início da polêmica

Todo o imbróglio jurídico sobre a novela "O Sétimo Guardião" teve seu início no dia 31 de maio, após reportagem exclusiva do NaTelinha.

Com o título "Nova novela de Aguinaldo Silva se vê envolvida em polêmica de direitos autorais", a matéria relatava todo o problema em torno da sinopse da trama e sua possível concepção durante o curso de roteiristas ministrado por Aguinaldo Silva em 2015 com seus 26 alunos.

Na época, procurado pela reportagem, o assessor de Aguinaldo Silva, Francisco Patrício, falou sobre o caso: "Primeiro, os caras receberam o dinheiro (valor da matrícula de R$ 4 mil + juros), ninguém pagou nada para estar na Master Class, eles receberam o dinheiro todo. Se alguém está insatisfeito, se tem um cara que está insatisfeito, vai na Justiça e processa, não tem que ficar enchendo o saco. Se entre 20 e poucas pessoas tem uma insatisfeita, assuma que está insatisfeita, não fale em nome do grupo e vai na Justiça e entra.

Uma pessoa como Aguinaldo não tem nada a declarar pelo histórico dele. Aguinaldo precisa de alguém para escrever pra ele? Vou te dar um exemplo, as maiores novelas de Aguinaldo não tinha nenhuma relação com isso. 'Império' não nasceu nem existia. Tem algum oportunista medíocre que quer se aproveitar, entra na Justiça e corra atrás dos seus direitos. Quem tem que apurar é a Justiça.. O objetivo da Master Class é ensinar as pessoas, escrever uma novela e é feito um exercício. Esse exercício foi aproveitado? Foi. Mas isso é um esboço, uma ideia e quem deu a ideia foi o Aguinaldo ainda".

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