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Participantes contribuem para boa safra de realities no Brasil

Território da TV


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Reprodução

O maior investimento das emissoras ao trazer formatos do exterior consiste na compra deles. Muitas vezes disputados a tapas entre os canais, custam altas cifras para viabilizarem a produção de ideias que geralmente vimos em outro lugar antes.

A escolha dos integrantes que montarão esse formato costuma ficar em segundo plano, seja na condução deles ou na seleção dos participantes em si. Mas justamente a ponta teoricamente mais fraca dessa cadeia que vem sendo essencial para o êxito de diversas atrações do tipo.

No “MasterChef”, por exemplo, o brilhantismo do desempenho dos jurados de pouco adiantaria com aspirantes apáticos. O envolvimento dos aprendizes de cozinheiros nas provas eleva a tensão e proporciona bons conflitos, que não precisam exatamente ser barracos.

Já em “A Fazenda”, a ideia do “bicho pegar” interessa bem mais. E os escolhidos do diretor Rodrigo Carelli não decepcionam. Com exceção da segunda temporada, os perfis são minuciosamente definidos para que ocorram confrontos.

Outro trunfo do reality rural é a heterogeneidade dos integrantes, que possuem as mais diversas origens pela “fama”, idades e grupos sociais. Algo que a deixa sempre largando na frente do “Big Brother Brasil” nesse quesito. E menos dependente de interferências da direção.

No “BBB”, a ideia de pessoa malhada, solteira e com vontade de atacar de DJ prospera com folga, desprezando o exemplo de outro reality do núcleo de Boninho, o “The Voice Brasil”.

Apesar dos participantes do “The Voice” não terem contato direto entre eles no princípio da competição, a variedade de ritmos torna a sequência de apresentações menos cansativa.

A diversificação deixa tudo menos óbvio e causa surpresas inclusive na formação dos grupos, evitando “panelinhas” com todos os cantores sertanejos ficando com Daniel ou os rockeiros com Lulu Santos.

Assim, os três bons realities, mesmo tão diferentes, se assemelham em terem seus sucessos para os padrões dos respectivos canais baseados nos sonhadores que embarcaram em suas ideias, seja a habilidade deles na cozinha, na música ou nas brigas.

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfel

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