Conheça a nova rotina de Silvio Santos longe do SBT
O apresentador está sem gravar desde dezembro de 2019
Publicado em 19/11/2020 às 04:00
Afastado das gravações do SBT desde o início de dezembro de 2019, Silvio Santos, 89, nunca permaneceu por tanto tempo longe dos estúdios de TV em quase 70 anos de carreira. Desde março, quando explodiu os casos de Covid-19, o apresentador se encontra recluso em sua mansão em São Paulo, junto com sua esposa Íris Abravanel, 71, mas continua trabalhando em seu escritório particular e aproveitando o tempo livre para ler livros.
Longe da televisão por pertencer ao grupo de risco ao novo coronavírus, de acordo com pessoas próximas ouvidas pelo NaTelinha, Silvio Santos manteve sua rotina de acordar e dormir cedo, raramente passando das 22h30. Logo de manhã, lê os principais jornais do país.
De forma rotineira, ele despacha em seu confortável escritório e permanece no local quase o dia todo. Lá, se informa sobre as suas empresas, analisa relatórios, conversa com executivos por telefone, delega tarefas e mantém contato direto com sua secretária. Sempre de olho no aparelho de televisão.
Silvio Santos já possuía a rotina de despachar em casa, mesmo antes da pandemia. Sua sala no SBT, que fica no final de um longo corredor no mesmo andar do museu da emissora, passou a ser pouco utilizada nos últimos anos. Enquanto está no CDT da Anhanguera, despacha com mais frequência dentro do seu camarim.
Mesmo distante fisicamente do SBT, por telefone, o homem sorriso formatou o diário Triturando e o semanal Notícias Impressionantes. Ele costuma assistir aos dois programas e a outros vespertinos da concorrência. Desde março, não recebe visitas de familiares e diretores do Grupo Silvio Santos.
Sem gravar às terças, quintas e sábados no SBT, e as famosas visitas ao cabeleireiro Jassa, em seu tempo livre, ele optou pela leitura. O apresentador e empresário já leu inúmeros livros e tem a preferência sobre a temática de biografias.
Dentre elas, Sonho Sequestrado, escrito por Marcondes Gadelha. A publicação narra a candidatura de Silvio pela presidência do Brasil no final da década de 80.
Em 31 de julho de 2020, Silvio escreveu uma carta ao Gadelha sobre o livro: "Como muito de meus órgãos, incluindo o óbvio, que não funciona há muito tempo, minha memória a cada dia que passa vai se apagando vagarosamente. Este seu livro me lembra de acontecimentos que eu já tinha esquecido e me deixa emocionado a cada página que leio".
E continuou: "Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas neste país. Parte do povo mais humilde do Brasil, infelizmente, ainda vive debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só tem um prato de feijão para comer e ainda precisa se preocupar com saúde e com os remédios que precisa tomar".
"Minha atuação seria voltada para esses temas que tanto afligem a nossa pobre população. Os demais problemas do nosso país seriam enfrentados também pelo presidente Silvio Santos, mas preservada sempre a prioridade dada à habitação e à saúde. Me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromisso", disse.
E encerrou: "Hoje, com 90 anos, me pergunto se teria sido bom para mim, para a minha família, para a minha televisão e para as pessoas que gostam de mim ter colocado a faixa verde e amarela que estampa a capa do livro. Sei, porém, que teria sido bom para a causa. E isso me basta. O desafio, então, estava aceito em qualquer circunstância"
Sem gravar seus programas há 11 meses, aos amigos, Silvio Santos já se mostrou angustiado em não poder retomar sua rotina de apresentador. No dia 10 de outubro, quebrou a ausência no vídeo e participou através de uma mensagem na inauguração de uma filial da rede Havan, que pertence ao empresário Luciano Hang, no Pará.
Silvio Santos completa 90 anos no dia 12 de dezembro.