Longe da TV

Ex-Globo, Carlos Tramontina se explica no SBT: "Queria descansar"

Lembrado pelo meme “seis e ônibus”, jornalista deixou a emissora carioca em abril

Carlos Tramontina apresentou o Jornal da Globo e o SP1, entre outros telejornais na antiga emissora - Foto: Divulgação/Globo
Por Redação NT

Publicado em 28/07/2022 às 12:45:00,
atualizado em 28/07/2022 às 13:17:58

Carlos Tramontina é o entrevistado de Danilo Gentili no The Noite que vai ao ar na madrugada desta quinta (28) para sexta-feira (29), no SBT. Recém-saído da Globo, ele falou sobre sua demissão da emissora carioca e lembrou momentos marcantes de sua carreira, como a cobertura das mortes de Ayrton Senna e dos Mamonas Assassinas.

“Já vinha falando que queria descansar e ter um ano de viagens, fazer outras coisas. Falei com a minha diretora já no começo do ano e não escondia de ninguém.... Minha ideia não era chegar aos 80 anos e descobrir que 'Puxa, deveria ter feito aquilo'. Não, eu quero ir para tal lugar, eu quero fazer tal coisa”, revelou Carlos Tramontina.

Para seguir esse plano, o jornalista entrou em um acordo com a Globo. “Falei 'vamos conversar. Quero impor duas coisas. Uma: eu quero sair sem mágoa. Duas: eu quero ter, por parte da Globo, o reconhecimento da minha dedicação. Saí 'numa boa'”, garantiu o veterano.

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“A Globo reconheceu, de diferentes formas, e isso faz parte de um acordo confidencial, a minha dedicação à empresa". E completa: "defini que queria fazer o Carnaval, a apuração e falei 'quero estar no jornal até o último instante'.... Minha saída foi absolutamente na boa.”

Carlos Tramontina

O jornalista, lembrado pelo meme “seis e ônibus”, também adiantou seus novos projetos. “Estou cuidando agora, bem, do Instagram e, de forma muito simples, abri o canal do YouTube e coloquei duas reportagens que fiz sobre São Paulo. Tem dado uma repercussão e um resultado muito interessantes".

Carlos Tramontina revela detalhes da cobertura das mortes de Ayrton Senna e dos Mamonas Assassinas

Foto: Rogério Pallatta/SBT

Ao relembrar as grandes coberturas de sua carreira, ele recordou do velório de Ayrton Senna, em 1994: “Me lembro da Adriane Galisteu chegando ao velório e não se aproximando do caixão. Ficou ao fundo. Ela não era aceita pela família. Quando a Xuxa chegou, foi recebida pela família, ficou ali, ao lado do caixão e tudo mais”.

Já na ocasião da morte dos Mamonas Assassinas, em 1996, houve um imprevisto: “Tinha ido a um restaurante japonês e o saquê estava bom. Fui dormir tarde depois de algumas (doses). Me acordaram 5h da manhã 'os rapazes morreram, os Mamonas'. Eu falei: 'Ramones? Não gosto do Ramones'”.

“Uma confusão. Falei: 'Nesse momento não há a mínima condição de sair daqui e ir para o trabalho. Me dá mais umas duas horinhas para eu me recuperar'.”

Carlos Tramontina

Tramontina lembra até hoje de sua primeira entrada ao vivo, que lhe causou até mesmo uma dor de barriga de nervoso: “Era uma campanha de vacinação. Estamos falando de uma época que não tinha celular, a comunicação não era tão boa. Você tinha que fazer acontecer e rezar para que tudo desse certo”.

Ainda no The Noite, Carlos Tramontina disse que não usa terno desde 26 de abril. “Houve um momento em que eu tinha onze ternos. A turma acompanha e, se você começa a repetir o terno, todo dia, o cara fala assim 'você está com o mesmo de ontem, essa gravata eu já vi'". O programa vai ao ar nesta madrugada, a partir de 0h30, no SBT.

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