Publicado em 04/03/2021 às 18:08:21
O apresentador do Brasil Urgente, José Luiz Datena, voltou a criticar João Doria nesta quinta-feira (4) por conta do decreto de fase vermelha no estado de São Paulo, com medidas mais restritivas contra a Covid-19. Mostrando imagens do metrô de São Paulo superlotado, o radialista questionou a eficácia de "fechar tudo" enquanto aglomerações no transporte público continuam acontecendo.
"Eu queria perguntar, então, para o governador de São Paulo, para o prefeito de São Paulo, como é que eles querem lockdown se eles vão manter o transporte coletivo desse jeito? De que adianta você fechar bar e restaurante e quebrar os caras, e deixar o transporte coletivo assim, como foi na primeira onda? Que que vai adiantar?", disparou Datena.
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"Vocês só vão deixar os donos de empresa de ônibus mais ricos, o metrô vai faturar o que tem que faturar, a CPTM vai faturar o que tem que faturar, os busões vão faturar o que tem que faturar, e o povão vai se contaminar aí dentro", prosseguiu, enquanto mostrava imagens gravadas em celular por um funcionário da Band.
Datena chegou a questionar se eram imagens ao vivo e feitar por cinegrafista, aproveitando para alfinetar: "Daqui a pouco aparecem aí e tiram a gente na porrada, dos governos democráticos que a gente tem". Depois de esclarecer que era vídeo feito por celular, cobrou das autoridades autorização para entrar com equipe da TV dentro do metrô. "Quero ver se vocês têm peito, se são democráticos. Deixa a gente andar dentro do metrô", bradou.
"Como é que você quer lockdown, governador, Fase vermelha, se o seu transporte coletivo está desse jeito? Que que adianta você fechar bar, restaurante, fechar tudo, só permitir delivery?", questinou Datena.
Nesta quarta-feira (3), Datena já tinha disparado com Doria, ao cobrar alguma ação que amenize os impactos da medida no comércio. Além disso, questionou o motivo de não ter tomado decisões mais duras no tempo das eleições, relembrando um alerta feito por Guilherme Boulos, ex-candidato à Prefeito de São Paulo, na época.
"O governador de São Paulo foi avisado que o estado ia ficar do jeito que está pelo Centro de Contingência. Agora ele ouve o centro de contingência, que já passou eleições. Esperou dois, três meses. Em ciência, você não pode esperar um dia. Tem outra fala do Boulos aí, avisando o governador de São Paulo, que a situação era gravíssima e que ele tinha que ter colocado São Paulo em fase vermelha naquela época. Senão ia explodir tudo, como está explodindo agora", apontou.
"Eu quero saber como é que os comerciantes, fechados como eles vão ficar, vão sobreviver. Porque esses já são sobreviventes da primeira onda, em que ele fechou quase tudo e, na realidade, continuou cobrando imposto. E sobe o ICMS agora e fecha de novo. Como é que o cara vai sobreviver?", questionou.
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