Publicado em 09/12/2020 às 04:59:00
Depois de muitos anos, a Globo decidiu devolver a direção de entretenimento a um profissional oriundo do entretenimento. Isso aconteceu no final de novembro, quando a emissora carioca anunciou o nome de Ricardo Waddington para a função, em substituição a Carlos Henrique Schroder. Famoso por ser diretor de novelas e de programas da casa, o anúncio pegou muita gente de surpresa, já que ele não aparecia como o favorito para este cargo. Mas quem é o novo chefão da Globo?
Nascido em 1960, Waddington estreou na emissora em 1982 ao fazer parte da equipe de direção do Globo de Ouro, mas acabou ganhando grande repercussão na mídia por conta de seu casamento com o grande nome do país na época, a atriz Lídia Brondi, com quem ele tem uma filha. O casamento não durou muito e os dois se separaram em 1988, e logo o diretor começou a ganhar nome por conta de seu próprio trabalho e não de suas relações por trás das câmeras.
Na década de 80, fez parte da equipe de várias novelas como diretor ou assistente, como Selva de Pedra (1986), Roda de Fogo (1987-1988) e o mega sucesso Vale Tudo (1988-1989). Ricardo foi ganhando cada vez mais experiência e sendo elogiado nos bastidores por seus chefes, até que logo no início da década seguinte cresceu na carreira ao se tornar o diretor geral do Xou da Xuxa.
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Ao manter a rainha dos baixinhos no topo do país e contribuir para transformá-la num fenômeno mundial, Waddington conquistou o respeito da cúpula da Globo e ganhou outro presente em 1993, ao assumir a direção geral de sua primeira novela, Olho por Olho. No ano seguinte, ele foi convocado para dirigir o que seria um dos grandes fenômenos da faixa das 19h, Quatro por Quatro.
Foi neste período que o diretor anunciou seu segundo casamento e com outra atriz. Se na primeira vez ele era uma espécie de sombra da esposa, dessa vez a escolhida ainda não havia atingido o auge, mas chegaria por meio das mãos do marido: Helena Ranaldi. Com a direção firme de Waddington, a atriz ganhou seus melhores papéis na carreira e virou um fenômeno no Brasil em tramas como Laços de Família (2000) e Mulheres Apaixonadas (2003).
O diretor, elogiado por autores e querido de praticamente todo o elenco com que trabalhava, teve o segundo filho, dessa vez com Helena Ranaldi, de quem se separou em 2004 enquanto continuava a crescer nos bastidores da Globo. Com o novo modelo de dramaturgia da casa, ele passou a ser diretor de núcleo e a trabalhar em várias novelas ao mesmo tempo, além de assumir outros programas.
Nesta fase da carreira ele também esteve muito presente na vida de Xuxa ao dirigir o Xuxa Park (1995) e o Planeta Xuxa (1997-2002). Mas nem todos os programas da Globo chamaram mais a atenção que o Domingão do Faustão sob a direção dele. Waddington assumiu a atração em 2002 com o desafio de garantir a liderança na briga pelo Ibope com o SBT, ainda no auge do Domingo Legal.
E foi de Ricardo a decisão de que Fausto Silva não deveria investir mais em apelação e deixar a estratégia apenas para o concorrente. O diretor aproveitou o estouro do BBB para transformar o programa na atração visitada pelo eliminado e rapidamente passou a usar o casting estelar da Globo, o que tornou o Domingão em líder de audiência cada vez mais distante do SBT.
Com este currículo, Waddington também foi o responsável pela reformulação do Caldeirão do Huck, onde foi o chefe de núcleo entre 2005 e 2010 e contribuiu para que a atração se firmasse como líder do horário aos sábados. Também estiveram debaixo da aba do diretor programas como Por Toda a Minha Vida (2006-2011), Amor e Sexo (2009-2016) e até o Encontro em 2012.
Mas foi nas novelas que a nova geração conheceu Ricardo Waddington e o transformou no diretor mais elogiado da TV brasileira nas redes sociais. Ele fez uma parceria de sucesso com João Emanuel Carneiro ao comandar A Favorita (2008) e ser o responsável pela direção de Avenida Brasil (2012), considerado o maior fenômeno do século XXI, mas coube a ele comandar Cordel Encantado (2011) e ganhar um Emmy Internacional com Joia Rara (2013-2014).
Os últimos trabalhos de Waddington na dramaturgia da Globo foi com Boogie Oogie (2014-2015), folhetim que atingiu um ibope mediano, mas ele também foi o diretor de duas minisséries de sucesso O Canto da Sereia (2013) e Amores Roubados (2014). No caso das minisséries, o profissional foi o chefe de núcleo enquanto a direção geral coube justamente a José Luiz Villamarim, o escolhido para substituir Silvio de Abreu.
Desde 2018 Ricardo Waddington vinha desempenhando uma função que parecia ser uma espécie de pedágio para algo maior. Ele era o diretor de produção do canal, o que nos bastidores é chamado como o prefeito do Projac (nome anterior dos Estúdios Globo, complexo onde são gravadas as novelas e boa parte dos programas da casa). A expectativa de todos era de que ele estava sendo preparado para assumir outra função, provavelmente a de Silvio de Abreu.
As pistas de que Waddington vinha ganhando espaço na Globo foram muitas, inclusive com a escolha de Pantanal para a faixa das 21h depois do remake já ter sido confirmado e que faria parte do Globoplay. Ele foi entrevistado no Fantástico em reportagem sobre a nova versão da novela e que ignorou o diretor de dramaturgia Silvio de Abreu. Como o diretor já participava, inclusive, da escolha das novelas na faixa do Vale a Pena Ver de Novo, muita gente tinha certeza que ele assumiria este cargo, mas o anúncio foi ainda maior e comemorado por praticamente todo o elenco da Globo, o de chefe de entretenimento.
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