Publicado em 26/10/2020 às 05:14:01
Dois meses atrás, em entrevista ao NaTelinha, Benjamin Back revelou um desejo ousado: ser o "Silvio Santos do futebol". A partir desta segunda-feira (26), ele poderá começar a realizar este sonho na TV do próprio Silvio, sob o comando do programa Arena SBT.
"Sou fã do Silvio Santos desde criança! Cresci vendo Show de Calouros, Qual É a Música. Piro nisso aí. Naquela entrevista, falei aquilo sem saber de Libertadores [no SBT], não sabia de nada. Virou uma loucura. Não podia dizer não", admite Benja em novo contato do NaTelinha.
Embora seja homônimo de uma atração esportiva que fracassou na audiência em 2014, o novo Arena SBT terá formato diferente e estreará para ampliar a programação para a Copa Libertadores da América, competição exclusiva da emissora até 2022.
Back já trabalhou no SBT em 2003, como comentarista da Copa Ouro ao lado do ex-jogador Junior (atualmente na Globo) e do narrador Paulo Soares (ESPN Brasil). Desta vez, o apresentador do Fox Sports retorna à TV aberta como "estrela da companhia" e terá a missão de atrair a audiência da rede de Silvio Santos para o futebol.
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"Tenho a oportunidade de estar em uma emissora do tamanho do SBT e conseguir fazer um programa de futebol ser tão bacana quanto os outros, que são canhões de audiência, mas em um canal que não tinha uma atração esportiva", afirma.
O primeiro compromisso de Benja como contratado do SBT foi levar tortadas na cara no Passa ou Repassa, gincana do Domingo Legal, no último domingo (24), ao lado de Téo José, narrador da Libertadores, e de Mano, que decidiu sair do Fox Sports para acompanhar seu parceiro de duas décadas na comunicação. Back, por sua vez, se dividirá nas TVs aberta e paga.
"O Mano é meu menino. Há 20 anos trabalhamos juntos ininterruptamente. Sabemos, só pelo olhar, o que está rolando. Meu contrato vai até dezembro. A direção do Grupo Disney, tanto do Fox Sports quanto da ESPN, foi super legal, transparente, jogou limpo comigo. Por isso não tenho nada definido", conta o apresentador.
Além de Mano, o programa terá dois ex-boleiros como comentaristas: Cicinho, ex-lateral da seleção brasileira, e Emerson Sheik, ídolo do Corinthians e incentivado pelo próprio Benjamin Back para trabalhar na TV.
"Já falei para o Sheik: 'Pô, você não vai trabalhar na TV não?', porque ele dá audiência. O Sheik é o tipo do cara que todo mundo para quando ele dá entrevista. É um daqueles caras que não tem rejeição, mesmo tendo identificação com um ou dois clubes. O Sheik é irônico, bem-humorado, não faz média com ninguém. Quando gravei o Aqui com o Benja com o Cicinho, achei demais, tem opiniões firmes. Além disso, é campeão mundial, da Libertadores, jogou no Real Madrid, disputou Copa do Mundo. Independentemente do currículo, são dois caras divertidos."
Na nova casa, Benjamin ficará ainda mais à vontade para defender seu ideal na TV esportiva: informar e divertir o público ao mesmo tempo. Na opinião do apresentador, o SBT tem o DNA do entretenimento.
"Vão falar que estou fazendo média, mas não é. O SBT é a emissora mais simpática do Brasil na TV aberta. É entretenimento puro, e eu sempre fui um cara de entretenimento. Mesmo fazendo programa de futebol, de esporte, sempre tive a pegada do entretenimento. Entrar no SBT é unir o útil ao agradável. Vai ser um programa raiz em uma emissora raiz", analisa.
Arena SBT irá ao ar gravado e em um horário um pouco ingrato (23h45). Com entretenimento, Benja tentará manter a audiência da emissora após o Programa do Ratinho: "Não é porque estou falando sério e cagando regra que o programa tem qualidade. Vou fazer um programa para o cara se divertir na segunda-feira à noite. Não quero que o cara durma ou veja papo chato".
Apesar de manter suspense sobre seu futuro na TV paga (a Disney começou o processo de extinção do Fox Sports), Benja avalia positivamente sua passagem de oito anos e se orgulha de transformar seus programas em referências no segmento esportivo.
"Ainda sou daqueles caras que gosta de se divertir vendo um programa de futebol. No primeiro dia, falei: 'Vamos entrar daqui cinco minutos. Se não tiver nenhum tipo de frescura, de vaidade, de mimimi entre a gente, garanto a vocês que esse programa vai mudar a cara dos programas esportivos na TV fechada'. Isso aconteceu, não? No começo, tomei porrada porque os programas esportivos na TV tinham que parecer 'careta', 'elitista', porque era um 'público diferenciado'. Para mim não. Quis fazer um programa de TV aberta na TV fechada, um programa popular, e o termo popular não é pejorativo, muito pelo contrário. O futebol fala de A a Z", opina.
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