Publicado em 28/06/2019 às 04:57:46
Quem acessa o Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo, com a ânsia de assistir a programação da emissora aberta ao vivo, pode se decepcionar. É que, embora conste como gratuidade para todos, o recurso só está disponível em algumas localidades do Brasil.
Desde que foi lançado, em 2015, o streaming da Globo vem incrementando seu conteúdo com produções exclusivas, além de séries e filmes em parcerias com as maiores produtoras do mundo. Fazem parte do catálogo produtos como "Assédio" e "Ilha de Ferro", séries produzidas pela própria emissora, além de obras como "The Handmaid's Tale" e "Killing Eve", produções estrangeiras e que estão entre as melhores do mundo.
Na busca por atrair cada vez mais clientes, o Grupo Globo vem investindo pesadamente em sua plataforma de streaming, a ponto de ter assumido prejuízo em suas contas de 2018. Outro atrativo incluído recentemente para os assinantes é o fato de que a novela das seis, "Órfãos da Terra", tem seus capítulos antecipadamente no Globoplay. A estratégia, inclusive, gerou milhares de visitas ao aplicativo.
Outro método para atrair o grande público é o de poder assistir à programação da Globo ao vivo, onde estiver. O sinal, no entanto, só pode acessado nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Minas Gerais, Brasília e o estado do Amazonas.
A mensalidade do serviço é de R$ 19,90 e dá direito ao assinante de mergulhar nos programas da emissora, rever novelas mais antigas ou simplesmente assistir o capítulo de uma que não conseguiu acompanhar no dia. No site da plataforma, é deixado claro que o sinal da TV Globo é grátis.
"Os conteúdos básicos do Globoplay são gratuitos, assim como o download do nosso aplicativo. Olha só o que você pode assistir sem pagar nada:
- Programas de jornalismo, esportes, variedades, reality shows.
- Trechos das novelas, e programas de humor da TV Globo.
- Acompanhar a Globo ao vivo".
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Segundo o supervisor de operações Fernando Souza, da EPTV Ribeirão Preto, uma das quatro emissoras do grupo EPTV que abrange 66 municípios do interior paulista, o grande entrave é o alto custo.
"Não é de graça. A Globo tem um servidor onde fazem a subida do site. Eu precisaria enviar esse meu sinal até um servidor para São Paulo, para que se possa fazer isso. Existe um problema de decodificação. Cada região tem a sua programação. Hoje existe um estudo se compensa ou não fazer", disse ele ao NaTelinha.
Já um executivo da TV Tem, afiliada da Globo para a região de São José do Rio Preto, confirmou a tese do colega, mas salientou ainda outra questão: o problema contratual. Ele aceitou falar com a reportagem na condição de sigilo, por temer que isso possa gerar desconforto.
"As afiliadas têm contrato com a Globo e somente elas podem exibir o sinal da emissora na região específica. Não existe contrato com o Globoplay e isto é um fator que emperra a liberação. Teria que ser uma negociação individual, entre afiliada e Globoplay".
Um dos principais pontos na questão da transmissão ao vivo da programação da Globo é justamente o fato de alguns assinantes terem acesso ao conteúdo ao vivo da Globo via streaming e outros não.
O caso seria semelhante ao do Premiere, que chegou a ser acionado no PROCON por conta dos preços praticados no pacote do Brasileirão antes do Palmeiras fechar contrato. Os assinantes alegavam que o canal cobrava preços iguais para oferecer menos jogos. O caso acabou sendo resolvido amigavelmente quando o Grupo Globo anunciou um acordo milionário com o time paulista.
Em conversa com a reportagem, o advogado Diogo Marcos explicou que a prática do Globoplay não configura crime. "Se ela oferece gratuitamente o sinal do Globoplay, não é obrigada a oferecer em todo o país. Em um exemplo pobre, seria como O Boticário oferece amostra grátis de seus produtos, mas só para quem vai até onde existe uma loja física, é o mesmo caso", compara.
O PROCON da Estância Turística de Ilha Solteira endossa a tese: "A prática não é considerada criminosa, embora possa ser considerada fraude se o reclamante conseguir provar que o assinante está sendo prejudicado por não ter acesso a tudo que outros assinantes possuem".
De acordo com o órgão, porém, o reclamante poderia afirmar que a Globo burla a lei ao dizer que oferece gratuitamente o sinal ao vivo da Globo. "A informação da gratuidade precisa ser clara e também todo assinante precisa saber qual a cidade tem acesso gratuito", confirma.
Souza, da EPTV, disse ainda que a Globo está tentando disponibilizar o "ao vivo" para outras praças e a afiliada manifesta desejo de distribuir seu sinal. "Está se levantando um custo e o processo de finalização da nossa região", garantiu.
"No site do G1 já existem os telejornais e programas regionais. Em São Paulo há uma demanda maior, aqui [interior] é mais devagar. É um custo tecnológico alto", enfatizou.
O executivo da TV Tem concorda. "Praticamente ninguém na nossa região demonstrou interesse em assistir a Globo ao vivo por meio do streaming. São raras as reclamações sobre o tema", confirmou ele.
O NaTelinha entrou em contato com a Globo e questionou sobre o fato do sinal ao vivo da TV não ser oferecido para todos os assinantes do Globoplay, mas a assessoria informou que assuntos relacionados ao streaming devem ser tratados exclusivamente com sua Comunicação própria.
Em contato com o Globoplay, sua assessoria limitou-se a dizer que não comenta o assunto.
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