Publicado em 24/01/2024 às 20:50:00
Um estudo feito na Universidade da Califórnia, nos EUA, mostra evidências de que os pacientes com um subtipo menos comum de Alzheimer podem apresentar os primeiros sinais da doença até dois anos de demonstrarem problemas de memória.
Ao avaliar 1.092 pacientes de 16 países diagnosticados com atrofia cortical posterior (ACP), um subtipo do Alzheimer, os cientistas descobriram que a síndrome começa a afetar os pacientes, em média, aos 59 anos, com problemas de visão.
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A descoberta foi publicada na segunda-feira (22/1), na revista The Lancet Neurology. Este é o primeiro estudo internacional em grande escala sobre a ACP.
A atrofia cortical posterior (ACP) é uma doença neurodegenerativa progressiva que envolve o processamento visual. Ela é considerada um subtipo raro do Alzheimer.
Os sintomas começam com problemas de visão até dois anos antes das falhas de memória. Os indivíduos apresentam dificuldade para ler e dirigir, para avaliar as distâncias e distinguir entre objetos em movimento e parados.
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Ao avaliar os pacientes com a condição, os pesquisadores observaram que os sintomas visuais da ACP começam a afetar os pacientes por volta dos 59 anos, cerca de seis anos antes da maioria dos pacientes com a forma mais comum de Alzheimer.
Eles estimam que 10% de todos os casos de Alzheimer sejam de ACP, sendo que as mulheres são maioria no grupo.
Com o resultado, os cientistas esperam que a conscientização sobre a ACP aumente, levando os médicos a investigarem mais a fundo os casos de pacientes com problemas oftalmológicos.
"O nosso estudo mostra que os sintomas visuais podem ser um sinal precoce de ACP", disse o Dr. Andrew Saykin, um dos autores do estudo. "É importante que os médicos estejam cientes dessa possibilidade, para que possam diagnosticar e tratar a doença o mais cedo possível."
O diagnóstico da ACP é feito por meio de uma avaliação neurológica, que pode incluir testes de memória, atenção e processamento visual. Também podem ser usados exames de imagem, como a ressonância magnética, para detectar alterações no cérebro.
Não existe cura para a ACP, mas existem tratamentos que podem ajudar a retardar a progressão da doença. Os tratamentos mais comuns são os inibidores de colinesterase, que ajudam a melhorar a função cognitiva.
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