Estudo de DNA revela novos dados sobre as vítimas de Pompeia
Vítimas de Pompeia têm mais verdades descobertas por estudo
Publicado em 09/11/2024 às 13:20
Pesquisadores de instituições renomadas, como a Universidade de Florença, Harvard e o Instituto Max Planck, revelaram novas descobertas sobre as vítimas da erupção do Vesúvio, que destruiu Pompeia em 79 d.C. O estudo, publicado recentemente na Current Biology, desafia interpretações tradicionais sobre os laços familiares das vítimas e traz à tona a diversidade étnica da antiga cidade romana.
Por séculos, arqueólogos acreditaram que muitos dos corpos preservados em moldes de cinzas e pedras vulcânicas eram de parentes próximos, como mães e filhos, que teriam enfrentado juntos o desastre. No entanto, as análises genômicas realizadas pela equipe liderada por David Caramelli, David Reich e Alissa Mittnik indicam que algumas dessas vítimas não tinham laços de sangue, o que sugere uma estrutura social mais complexa do que se imaginava.
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Além dos laços familiares, o estudo de DNA trouxe uma surpresa: Pompeia era uma cidade cosmopolita, habitada por pessoas de diferentes origens étnicas. Essa informação não havia sido confirmada até então e houve um avanço nas descobertas sobre o caso.
Mesmo sendo uma cidade de médio porte, sua população refletia a vasta diversidade do Império Romano, que facilitava o intercâmbio cultural e a mobilidade entre regiões. Essa descoberta desmistifica a imagem de Pompeia como uma cidade homogênea e confirma a presença de um verdadeiro caldeirão cultural na localidade.
Essas descobertas foram possíveis graças à evolução das tecnologias de análise, como a tomografia computadorizada e o estudo genético. O método de preservação original, introduzido pelo arqueólogo Giuseppe Fiorelli no século 19, usava gesso líquido para preencher moldes de cinzas.
Embora revolucionário para a época, o processo alterou parte da estrutura óssea dos esqueletos: ossos foram removidos e barras de metal inseridas para melhorar a forma dos moldes.