Antártida pode virar o aquecedor da Terra, alertam cientistas

O gelo marítimo que cerca a Antártida atingiu um nível recorde de baixa, segundo dados de satélite. A extensão do gelo é de menos de 17 milhões de quilômetros quadrados, o que é 1,5 milhão a menos do que a média histórica do mês de setembro. A situação acendeu uma espécie de sinal amarelo porque as mudanças climáticas no mundo começam a trazer dados alarmantes, inclusive, como uma espécie de recado de que o aquecimento está num patamar quase incontrolável.

Esse declínio é preocupante para os cientistas, que veem a Antártida como uma região resistente ao aquecimento global. A perda de gelo marítimo pode ter consequências significativas para o ecossistema polar e para o clima global, já que é ali que a ciência costuma observar os principais resultados de mais calor na Terra.

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De acordo com cientistas que estudam o meio ambiente, o gelo antártico ajuda a regular a temperatura do planeta, refletindo a energia do sol de volta à atmosfera. Com a redução do gelo, a Antártida pode se transformar de "geladeira da Terra" em "aquecedor" do planeta, o que poderia ser considerado catastrófico.

Os cientistas ainda não sabem ao certo o que causou a baixa recorde de gelo marítimo na Antártida. No entanto, o aquecimento global é considerado um dos fatores que contribuem para esse fenômeno, principalmente porque o mundo voltou a encarar o chamado El Niño e ainda há estudos sobre o impacto do fenômeno.

Em um ano em que vários recordes de alta de temperatura foram quebrados, a perda de gelo marítimo na Antártida é um novo alerta sobre os perigos da mudança climática.