Lula compara ataques de Israel à Palestina a holocausto e gera crise internacional

Em um cenário de tensões internacionais, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estão envolvidos em uma disputa verbal após declarações controversas sobre o conflito na Faixa de Gaza.

Durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana, o presidente Lula comparou a situação em Gaza com o Holocausto nazista e as ações de Adolf Hitler. Suas palavras geraram reações imediatas por parte das autoridades israelenses.

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Netanyahu, em uma publicação no X/Twitter, classificou as palavras de Lula como "vergonhosas e graves". Ele acusou o presidente brasileiro de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender. "Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha", afirmou o primeiro-ministro.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, também se pronunciou, enfatizando que o direito de Israel de se defender não será comprometido por ninguém.

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Israel pressiona por guerra

A polêmica surge em meio à decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos). No fim de janeiro, Israel acusou funcionários da UNRWA de envolvimento com ações terroristas do Hamas, o que levou à suspensão de auxílio por parte de governos ocidentais, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido. A quantidade exata de funcionários envolvidos ainda não foi divulgada.

Lula, por sua vez, defendeu a continuidade da ajuda humanitária e pediu investigações caso haja algum erro na UNRWA. Recentemente, o governo brasileiro anunciou que prestará auxílio à agência.