Presidente do partido de Bolsonaro seguirá preso, decide justiça
Valdemar da Costa Neto é muito próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Publicado em 09/02/2024 às 17:50
Uma audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira (9), decidiu que o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, seguirá preso na carceragem da Polícia Federal.
Na última quinta-feira (8), durante a Operação Tempus Veritatis, ele foi alvo de busca e apreensão para que a PF investigasse sua relação com as intenções golpistas no governo Bolsonaro, mas foi preso por porte ilegal de arma e de um pepita de ouro de origem de garimpo desconhecido.
Segundo o laudo da Polícia Federal, a pepita de aproximadamente 39 gramas tem “teor aproximado de 91,76% de ouro contido” e valeria aproximadamente R$ 11.687,71.
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A soma dos dois crimes torna a prisão de Costa Neto inafiançável, e a audiência de custódio não avalia os atos do réu, mas sim a condução das autoridades, analisando se não praticaram nenhuma ilegalidade nas prisões.
Os outros nomes que foram detidos na quinta, que seguirão presos, são: Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel do Exército, Rafael Martins, Major das Forças Especiais do Exército, e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
A partir de agora, os advogados do presidente do partido de Bolsonaro terão de tentar livrá-lo da cadeia através de um habeas corpus.
Valdemar e Bolsonaro não poderão conversar
Valdemar da Costa Neto terá outro problema para resolver, caso consiga deixar a prisão. Ele não poderá se aproximar e nem conversar, mesmo que por intermediários com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
Isso irá atrapalhar os planos do partido, que previa um crescimento exponencial nas eleições 2024 para prefeito. Atualmente o PL tem pouco mais de 300 prefeitos e o objetivo seguira chegar a mil, mas quem comandava tudo era Valdemar e o próprio Bolsonaro.
A decisão é para evitar que eles tentem destruir supostas provas ou atrapalhar as investigações. Embora não tenha sido preso, Bolsonaro teve de entregar o passaporte e segue como um dos principais investigados.