Publicado em 27/07/2023 às 21:15:00
Em um evento marcado pelo lançamento de um grupo interministerial destinado a combater o assédio no serviço público, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja (PT), fez uma declaração enfática nesta quinta-feira (27).
Ela relatou ter sido vítima de assédio sexual e moral ao longo de sua carreira como socióloga, destacando a urgência de enfrentar esse problema e enfatizando que muitas mulheres também enfrentam situações semelhantes em seus ambientes de trabalho.
O evento contou com a presença dos ministros Esther Dweck (Gestão, Inovação e Serviços), Anielle Franco (Igualdade Racial), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União), além da primeira-dama. Durante o discurso, ela enfatizou a importância de abordar o assédio de maneira assertiva e não se calar diante de situações de discriminação.
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"Eu, como mulher, com tantos anos de profissão, falo com convicção sobre o assunto, pois já sofri assédio, assédio moral e assédio sexual. Tenho certeza de que muitas mulheres aqui presentes já vivenciaram isso ou já presenciaram em algum momento em seu ambiente de trabalho", afirmou Janja.
Além de compartilhar sua experiência pessoal, a socióloga aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de não ser rotulada apenas como "primeira-dama". A esposa de Lula defendeu que não deve haver limitações em suas ações e que é fundamental ser reconhecida por sua trajetória e contribuição profissional.
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"Não há problema em me chamar de primeira-dama, apenas peço que não me coloquem em uma caixa, porque eu nunca vou me submeter a isso, podem ter certeza", enfatizou.
Ela também ressaltou que as mulheres, assim como negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+, são os grupos mais afetados pelo assédio no ambiente de trabalho.
"O assédio moral e o assédio sexual, assim como todas as formas de discriminação, violam os direitos humanos e ameaçam a igualdade de oportunidades, principalmente quando estamos falando de oportunidades de trabalho para mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQIA+", completou.
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