Ajudante de Bolsonaro movimentou mais de R$ 3 milhões de forma suspeita, diz Coaf
Ajudante de ordens de Bolsonaro está preso e é investigado até por possível lavagem de dinheiro. Ele nega
Publicado em 27/07/2023 às 19:15
De acordo com o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), teria movimentado a quantia de R$ 3,2 milhões ao longo de sete meses. O órgão responsável por combater a lavagem de dinheiro e corrupção, classifica as transações como "atípicas".
As informações foram divulgadas pelo UOL e mostram que o relatório aponta que a movimentação de recursos é incompatível com o patrimônio, atividade econômica ou ocupação profissional e capacidade financeira do cliente. Esse documento foi enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 8 de janeiro.
A apuração do conselho revelou que a movimentação ocorreu entre 26 de junho de 2022 e 25 de janeiro de 2023, totalizando R$ 1,8 milhão em créditos e R$ 1,4 milhão em débitos. O órgão ressaltou que houve uma "movimentação elevada" após o envio de remessas de R$ 367.374 para os Estados Unidos em janeiro deste ano, período em que Bolsonaro estava no país.
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O Coaf levantou a possibilidade de que essas transações indiquem uma tentativa de burlar fiscalização ou ocultar patrimônio, e apresentem indícios de lavagem de dinheiro.
Por outro lado, a defesa de Mauro Cid alega que as transações são "lícitas". O advogado Bernardo Fenelon afirmou em nota: "Todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal".