Publicado em 02/08/2022 às 07:50:00,
atualizado em 02/08/2022 às 08:01:45
Por volta dos anos 1970, um grupo de pré-adolescentes se juntam para lidar uma entidade do mal que assusta moradores de uma cidade pacata. Poderia ser a sinopse da primeira temporada de Stranger Things, mas essa é a premissa do filme de suspense O Telefone Preto (2022) --que atualmente é exibido nos cinemas do Brasil.
Dirigido por Scott Derrickson, que é responsável pelo primeiro filme do Doutor Estranho (2016), o título é baseado no livro O telefone preto e outras histórias, de Joe Hill, e destoa dos cenários comuns das obras do gênero. Aqui não há casas abandonadas, espíritos obsessores ou uma assassino misterioso à solta para matar um grupo de jovens.
A obra começa com a história de desaparecimento de crianças na cidade de Denver, no Colorado. Uma a uma, elas são raptadas por um homem que deixa balões pretos no local em que foram sequestradas. Finney Shay (Mason Thames) é um deles e acaba no porão do Sequestrador (Ethan Hawke).
Curiosamente, o local possui um telefone preto incapaz de fazer ligações por estar quebrado, porém, o protagonista o ouve tocar mesmo assim. Do outro lado, os espíritos dos rapazes que haviam sido mortos pelo vilão anteriormente ajudam o jovem rapaz a conseguir escapar do porão maldito.
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No cativeiro, Finney também recebe a ajuda sobrenatural da irmã caçula Gwen (Madeleine McGrawy). A menina tem um certo grau de mediunidade e sonha com pistas dos casos das crianças sequestradas. Em uma de suas sessões, inclusive, ela descobre que balões pretos são deixados pelo Sequestrador nos lugares do rapto.
Apesar de Stranger Things e O Telefone Preto terem a mesma classificação indicativa, com a recomendação para maiores de 16 anos, o filme é muito mais gráfico em relação a mortes e agressões do que a série da Netflix. Tampouco o longa metragem tem que a playlist simpática de hits dos anos 1980, que também alivia nas cenas mais tensas do sucesso da plataforma de streaming.
Sem dar muitos spoilers da trama de Scott Derrickson, uma cena de assassinato é mostrada de maneira bastante violenta. Já no terceiro ato do filme, há outra sequência bem agressiva em que justifica que o suspense também sabe chocar do mesmo jeito que títulos clássicos do terror fazem.
No entanto, a única coisa que não pega também bem no filme é a mensagem motivacional que faz Finney "acordar" para sair do pesadelo de estar na garras do Sequestrador. Em resumo, ele é ajudado por uma importante figura do passado para fugir de uma vez por todas do vilão.
Fora isso, O Telefone Preto tem uma boa premissa original e que foge dos clichês dos filmes de suspense que estão atualmente em cartaz. Dá até vontade de ouvir um Running Up That Hill, da Kate Bush, logo depois de terminar.
Confira o trailer:
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