Publicado em 17/05/2022 às 16:17:47
Visando corte de custos, a Netflix demitiu cerca de 150 funcionários, o que representa 2% da força de trabalho global da empresa. De acordo com a Variety, as dispensas atingiram diversos departamentos e a maioria dos profissionais desligados são dos Estados Unidos. Isso tem relação com a desvalorização pela qual as ações do serviço de streaming está passando, com o crescimento no número de assinantes desacelerando em meio ao aumento da concorrência.
“Como explicamos [ao relatar os ganhos do primeiro trimestre], nossa desaceleração no crescimento da receita significa que também estamos tendo que desacelerar nosso crescimento de custos como empresa”, disse um representante da Netflix em comunicado por e-mail.
O anúncio ainda ressalta que as demissões não têm nada a ver com o trabalho realizado pelos funcionários. “Infelizmente, estamos demitindo cerca de 150 funcionários hoje, a maioria dos EUA. Essas mudanças são impulsionadas principalmente pelas necessidades de negócios e não pelo desempenho individual, o que as torna especialmente difíceis, pois nenhum de nós quer dizer adeus a esses grandes colegas. Estamos trabalhando duro para apoiá-los nessa transição muito difícil.”
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A Netflix está sendo alvo de um processo movido por acionistas que acusam a empresa de ter enganado o mercado no que dizia respeito à capacidade de aumentar seu número de assinantes. De acordo com a Reuters, agência de notícias britânica, os responsáveis pela ação judicial que corre no Tribunal de São Francisco, na Califórnia, pedem indenização pelas recentes quedas no preços das ações do serviço.
As ações da Netflix caíram 20% em janeiro, depois de divulgar um fraco crescimento de assinantes. Já em abril, caíram mais de 35% em 20 de abril, fechando em US$ 226,19, após a empresa dizer que perdeu 200 mil assinantes em seu primeiro trimestre, ficando bem aquém de sua previsão de conquistar 2,5 milhões de assinaturas. Suas ações estavam sendo negociadas a US$ 199,87 ao meio-dia desta quarta-feira (3).
O processo acusa a gigante do streaming e seus principais executivos de não divulgarem que seu crescimento estava desacelerando em meio ao aumento da concorrência e que estava perdendo assinantes em uma base líquida.
A empresa atribuiu o declínio trimestral à inflação, à concorrência de outras plataformas do mesmo segmento e à suspensão do serviço na Rússia após a invasão da Ucrânia, que custou à Netflix 700 mil clientes.
O processo nomeia os co-chefes executivos da Netflix Reed Hastings e Ted Sarandos e o diretor financeiro Spencer Neumann. Ele busca indenização para investidores que negociaram ações da empresa entre 19 de outubro de 2021 e 19 de abril de 2022.
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