Publicado em 18/07/2022 às 21:49:00,
atualizado em 18/07/2022 às 21:49:33
Klara Castanho sofreu a primeira derrota na Justiça após ter divulgado que engravidou após ser vítima de um estupro. Ela usou a via judicial para exigir que um vídeo de Antonia Fontenelle fosse retirado do ar. Em 24 de junho, a bolsonarista publicou um registro no YouTube em que fala sobre o caso da jovem atriz sem citar seu nome, porém, com referências ao caso.
A informação foi divulgada pelo blog de Ancelmo Gois, do jornal O Globo. A decisão foi publicada pela juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra e, de acordo com a magistrada, a retirada das declarações "seria uma espécie de censura".
Antes de Klara ter contado nas redes sociais que entregou a criança ao sistema de adoção, Antonia criticou a decisão da jovem atriz com a justificativa de que ela havia cometido abandono de incapaz.
Por conta da divulgação do caso polêmico, Castanho decidiu se posicionar sobre o episódio para contar sua versão da história em uma carta aberta publicada em 26 de junho.
No texto, ela revelou que decidiu entregar a criança à adoção porque não teria condições mentais de cuidar de um bebê fruto de uma violência sexual. A jovem também explicou que seguiu todos os trâmites legais para isso.
No texto, a juíza também explica porque decidiu retirar o processo do sigilo: "Os fatos relatados neste processo são de conhecimento público. Inclusive no que diz respeito às declarações publicadas pela ré, que, pelo que se viu no YouTube para poder decidir a tutela antecipada, no primeiro momento não revelou o nome da autora em suas críticas; Desta forma, não se justifica o segredo de justiça".
Ela também explica que, mesmo com Klara não concordando com a fala de Antonia Fontanelle, o vídeo não pode ser excluído das plataformas digitais. "Trata-se de pretensão que objetiva responsabilizar a ré por suas declarações e postagens. Os fatos, os comentários sobre os fatos, as postagens estão todas na rede social. Não se pode censurar um discurso, por mais que com ele não concordemos. Isso, entretanto, não livra aquele que publica e emite opinião ofensiva, ou que espalha um discurso de ódio, produzida a prova e provados os fatos, de ser responsabilizado pelo que divulgou", finalizou.
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