Canabis

Ricardo Petraglia defende liberação da maconha e recorda atuação em novelas: "Estava chapado"

Veterano se diz a favor da liberação da maconha e relembra início da plantação

Ricardo Petraglia planta maconha no quintal de casa - Foto: Reprodução/Instagram
Por Redação NT

Publicado em 20/06/2022 às 10:35:58,
atualizado em 20/06/2022 às 10:42:05

Defensor da legalização da maconha, o ator Ricardo Petraglia não se acanha em defender seus ideais abertamente. Numa entrevista concedida ao jornal Extra, o veterano de 71 anos de idade revelou que faz uso do canabis desde que atuava em novelas na televisão. "O que as pessoas não sabem é que sempre me viam na TV, eu estava chapado. O que prova que a maconha não destrói sua carreira", diz ele ao jornal Extra desta segunda-feira (20).

Ele conta que até o ano de 1985 era "um drogado". "Nunca fui de beber, mas cheirava, injetava, tomava ácido, fazia de tudo. Aí fui doar sangue para uma pessoa e descobri que tinha hepatite C, que peguei pelo compartilhamento de drogas. Então, parei com todas elas, me impus isso", recorda.

A partir daí, Ricardo relata que ou morreria, ou optaria pela vida. "A maconha foi a porta de saída para todas as outras drogas, uma válvula de escape. Eu já fumava antes também", completa.

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"Minha vida está tranquila", garante Ricardo Petraglia após plantar maconha

Em 2005, o ator diz que fez uma operação coxofemoral para colocar uma prótese. "Isso desequilibrou a minha coluna e comecei a ter dores inacreditáveis. Não podia tomar os analgésicos e anti-inflamatórios, por conta da hepatite. E meu médico perguntou por que eu não experimentava canabis. Respondi: 'caralh..., eu experimento todo dia!"', diverte-se.

"Então, fui buscar o óleo, mas custava uma fortuna e ainda custa. Meu salário do INSS pagaria dois vidrinhos. Aí entrei com um processo para poder plantar, alegando que não tinha condições econômicas de comprar o remédio e assim consegui um habeas corpus. Desde então, a minha vida está tranquila."

Ricardo Petraglia

O ator afirma que já tomou duras e até tapa na cara da polícia, mas depois que começou a ter licença para plantar em casa, tudo mudou. "Eles são educadíssimo, sorriem, perguntam. De dois em dois meses, a polícia vem aqui para checar minha plantação e ver se não estou fazendo uma farra", garante.

"Na maioria das vezes não sabem nada. Eu mostro o cheiro e duvidam que é de maconha. Porque estão acostumados ao cheiro do prensadinho paraguaio, mofado e cheio de semente. Dizem: 'Nossa, mas é muito diferente'. Acho ótimo quando eles vêm porque tenho a oportunidade de informar e instruir a respeito", orienta.

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