Publicado em 31/12/2021 às 16:21:00,
atualizado em 31/12/2021 às 16:22:35
Ana Hikari desabafou sobre sua bissexualidade. A atriz, que revelou sua orientação sexual em 2020, reafirmou a importância de figuras públicas como ela a fazer declaração sobre sua sexualidade. A Vanda de Quanto Mais Vida, Melhor explicou que não teve referências de outras pessoas quando era mais nova e que, agora, se sente como inspiração para outras pessoas a falarem sobre a orientação sexual com mais naturalidade.
"Acho que ser uma figura pública e falar com tranquilidade sobre a minha sexualidade pode ajudar a mudar a ideia de que somos um tabu ou que não existimos. Recebo muitas mensagens de pessoas que se inspiraram a falar sobre suas sexualidades depois de ler uma entrevista minha. Isso me inspira, porque talvez tivesse sido mais fácil pra mim quando adolescente se eu tivesse alguma referência para entender o que estava sentindo", disse a atriz ao Extra.
Outro assunto polêmico que Ana pontuou foi sobre a representatividade asiática na televisão brasileira. A artista foi a primeira descente de orientais a ocupar a posição de protagonista na Globo.
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"Essa pauta ainda é bem invisibilizada. O Brasil está aprendendo que ser amarelo é uma identidade racial que pertence ao país. A representatividade de pessoas asiáticas na TV ainda é mínima. Até agora também não tivemos um protagonismo indígena nas novelas. Os negros são pouquíssimos e fui a única asiática a protagonizar uma novela. O restante dos protagonismos são brancos. Já passou da hora disso ser questionado num país tão diverso", analisou.
Ana Hikari revelou como sua família soube da sua bissexualidade e que tudo foi tratado com naturalidade. Ela relembrou que tinha uma relação conturbada com sua mãe, a profissional de saúde Makiko Takenaka, mas que melhorou com sua saída de casa.
“Na minha família isso nunca foi uma questão. Numa live, eu fiz uma brincadeira de como seria a reação da minha mãe porque ela nunca me ouviu falar sobre isso. Uma pessoa hétero não precisa sentar com os pais e conversar explicando que é hétero. Quando me dei conta disso, comparei: ‘Eu que sou bissexual preciso fazer isso?’ Nunca me coloquei neste lugar de que teria que sentar e conversar seriamente com eles. Se eu ficava com uma menina, eu falava normalmente e ‘vida que segue’. Não se parava para ter uma conversa. Não foi tratado com formalidade. Com meu pai, foi assim: enviei a ele uma matéria que saiu sobre o assunto e ele me respondeu ‘Ué, filha, eu já sabia’. Nunca houve esse comunicado, mas o assunto já esteve presente de várias maneiras”, revelou em entrevista para a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
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