Publicado em 09/08/2021 às 17:07:19,
atualizado em 09/08/2021 às 17:12:41
A filha adotiva de Agnaldo Timóteo, Keyty Evelyn, de 14 anos, teve uma decisão favorável na Justiça. Os advogados Sidnei Lobo Pedroso e Maria Lúcia Vieira Lobo, representantes do cantor no processo de adoção, comemoraram a decisão da paternidade no mês do dia dos pais. Com isso, a adolescente passa a ser a principal herdeira dos bens do cantor, com imóveis no Rio de Janeiro, São Paulo e Cabo Frio, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.
"Entrei com a ação no dia 21 de janeiro. O Agnaldo tentou outras vezes e não conseguiu. Em praticamente sete meses consegui uma sentença favorável da adoção e a destituição do poder familiar da mãe, o nome dela sai do registro de nascimento e ela passa a se chamar Keyty Evelyn Timóteo. Ela passa a ser a única herdeira da herança do Agnaldo Timóteo", disse Sidnei ao NaTelinha.
Ele agora é tutor voluntário e representante do inventário de Keyty. O advogado afirma que, como a irmã do Agnaldo queria expulsá-la da casa do artista, foi ao Rio de Janeiro e pegou a menina e Maria do Rosário, que foi babá dela, para morar com ele em São Paulo. "Vou pedir para o juiz que ela tenha além do 50% que ela tem direito, mais 25% da metade que ele deixou disponível, então ela poderá ter direito a 75% da herança", disse.
Amigo há mais de 40 anos de Agnaldo, o advogado Sidnei Lobo Pedroso entrou com a ação para o artista sem cobrar nada, já que ele enfrentava problemas financeiros na ocasião. "Com a ajuda da doutora Mara e com o brilhante trabalho do Ministério Público e da magistrada da vara da Infância e Juventude, consegui dar de presente para o Agnaldo no mês do dia dos pais, que ele fosse mesmo que postumamente pai da Keyty Evelyn agora".
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No testamento, segundo o advogado, Agnaldo deixou um percentual para os irmãos Cícero Timóteo, Ruth Timóteo e os afilhados Márcio e Marcele, que será discutido em ação própria. Sidnei disse ainda que o artista nunca teve outros filhos de criação.
"O direito hereditário agora é dela. Uma coisa é deixar por testamento, agora ela é herdeira por ser filha. Ela convivia com o Agnaldo desde 1 ano e seis meses, ele passou a cuidar e dar a ela, afeto, amor e carinho", contou.
O cantor conheceu a menina, ainda bebê, quando a mãe biológica, que de acordo com advogado, tem problemas de saúde sérios, como esquizofrenia, e nunca deu amparo nenhum para a filha, pedia esmola na rua.
"Ela ficava pedindo esmolas perto da Câmara de Vereadores de São Paulo, um dos funcionários do Agnaldo sempre levava marmita para ela. Um dia, ela foi no gabinete conversar com Agnaldo, ele pegou a Keyty no colo quando tinha um ano e meio e chamou ele de 'papai'. Aí acabou com o coração dele".
Pouco tempo após a morte do cantor, os parentes iniciaram uma briga na Justiça pela herança. Ele morreu em abril deste ano, aos 84 anos de Covid-19 e deixou metade de sua fortuna para a filha adotiva. Como justificativa, eles afirmam que o músico estava confuso quando fez o testamento, e que o médico teria dado um laudo confirmando uma desorientação.
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