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Atuação da Semana: Larissa Manoela brilha em papel 'impossível' de Além da Ilusão

Atriz teve uma primeira semana acima de qualquer expectativa

Na novela Além da Ilusão, Larissa Manoela deu vida a Elisa - Foto: Reprodução/Globoplay
Por Daniel César

Publicado em 13/02/2022 às 06:05:50,
atualizado em 13/02/2022 às 08:03:42

Na novela Além da Ilusão, Larissa Manoela viveu, nesta primeira semana, a personagem Elisa, a falsa mocinha que perdeu a vida no último sábado (12). Ela reaparecerá na próxima segunda-feira (14), após a passagem de tempo, dando vida à irmã mais nova, Isadora. Viver um papel já é difícil, imagine dois, sendo que um deles de falsa mocinha, mas a atriz brilhou em cena nestes primeiros capítulos.

É bem verdade que a trama assinada por Alessandra Poggi é mais devagar que carro velho e parece uma novela dos anos 70 e isso contribuiu ainda mais para as dificuldades do elenco em cena. Mas a morte da falsa mocinha pelas mãos do próprio pai Matias (Antônio Calloni), certamente foi um prato cheio para que Larissa aproveitasse a primeira oportunidade de ser vista atuando sob os holofotes de uma emissora como a Globo.

Dar vida à Elisa era uma tarefa impossível, ainda mais para uma novata e estreante neste tipo de papel. Larissa Manoela tem muita experiência em TV, mas em obras completamente diferentes e com outro nível de exigência. Por si só, a personagem traz um grupo de dificuldades que, mesmo atrizes mais experimentadas poderiam errar. A começar por ser uma falsa protagonista, mesmo sendo a dona da história na primeira semana, ela morre logo no início e, portanto, sai de cena.  Isso cria uma urgência para que o público crie empatia imediata com as sequências, exigindo ainda mais concentração na composição da atriz.

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Além disso, Elisa é o oposto de mulheres contemporâneas, ainda que com trejeitos feministas e desafiadores. É quase uma mocinha de novela mexicana, tamanho o sofrimento e as impossibilidades que a rodeiam. Para convencer o telespectador de que isso não é tedioso, é preciso criar nuances que só atrizes que conhecem os atalhos conseguiriam, e Larissa foi muito bem neste quesito também.

Cabia ainda outro problema, este sem solução: a qualidade da história. Poggi quis contar uma história melodramática e de ação, mas entregou - principalmente nos três primeiros capítulos - uma sequência de esquetes dramáticas que não ajudavam a convencer o público de que havia urgência. Quanto mais o telespectador precisava torcer por Elisa, menos acontecimentos haviam. Mesmo assim, a personagem se sustentou quase que totalmente pelas mãos da habilidosa atriz.

Daniel César

A partir de segunda-feira, Larissa tem outro desafio: esquecer Elisa e interpretar outra personagem. Isadora é a irmã caçula que vai se apaixonar pelo suposto assassina da primogênita. Mas quem assistiu a primeira semana sabe que são duas personagens muito distintas entre si e que é preciso uma construção sutil para que o público perceba as diferenças. Além do que, enquanto Elisa era decidida e apaixonada pela vida, Isadora deverá ter mil traumas por ter perdido a irmã de forma tão violenta. A tirar pela primeira semana, Larissa Manoela vai brilhar intensamente.





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