Publicado em 28/11/2023 às 05:51:00,
atualizado em 28/11/2023 às 08:44:16
Paraíso Tropical voltou ao ar na Globo em Vale a Pena Ver de Novo com uma difícil missão: estancar a crise de audiência da emissora, que começa no fim de tarde e se estende até o horário nobre. A escolha pela novela exibida originalmente em 2007, como você verá a seguir, foi arriscada.
Sucesso em 2003, Mulheres Apaixonadas termina na sexta-feira (1º) com audiência discreta no Vale a Pena Ver de Novo. A trama, apesar dos méritos, não ajudou a impulsionar a grade noturna. A média é de 15,0 pontos, abaixo da antecessora na faixa, O Rei do Gado (1996), que deu 17,3.
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A trama é um dos títulos mais celebrados da carreira de Manoel Carlos e parecia reunir todos os ingredientes para fisgar o público do fim de tarde. A produção permaneceu no imaginário do telespectador, e as histórias, especialmente as paralelas, seguem com forte apelo popular.
Talvez não seja o mesmo caso de Paraíso Tropical. Quando exibida pela primeira vez, a trama passou longe de ser um fenômeno. Alcançou audiência razoável e se tornou bastante lembrada pelo casal Bebel (Camila Pitanga) e Olavo (Wagner Moura), não mais do que isso.
O texto bem escrito de Gilberto Braga (1945-2021) e Ricardo Linhares parece não ter a mesma fácil assimilação dos dramas criados por Maneco, que causam rápida identificação. Quem liga a TV dificilmente fica indiferente às cenas de Heloísa (Giulia Gam) e Raquel (Helena Ranaldi), por exemplo.
Para embarcar na nova reprise – ambientada entre o glamour da alta sociedade e o submundo da prostituição –, é preciso estar atento às nuances preparadas pelos autores e à trama imbricada de armações, e nem sempre a audiência cativa das tardes da Globo embarcam nessas propostas.
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Prova disso é que, seguindo o mesmo estilo, as ótimas Celebridade (2003), do mesmo Gilberto Braga, e Belíssima (2005), de Sílvio de Abreu, não tiveram boas audiências quando reapresentadas na programação vespertina, entre 2017 e 2018.
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Inscrever-seHá, por outro lado, uma predileção pelo escapismo dos dramas de fácil assimilação; pelas novelas rurais, como a citada O Rei do Gado; e que privilegiam histórias com mensagens edificantes, a exemplo de Êta Mundo Bom (2016), recordista de Ibope na faixa de reprises em 2020.
A escolha por Paraíso Tropical parece imposição de um estilo que o público do horário já rejeitou outras vezes, mesmo atiçado por uma boa produção e ótimo elenco. Nesse cenário, a escolha de uma novela de Walcyr Carrasco, o “coringa” das tardes, seria mais óbvio e também menos arriscada.
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Apesar da qualidade duvidosa, as três novelas que Carrasco fez para o horário nobre – Amor à Vida (2013), O Outro Lado do Paraíso (2017) e A Dona do Pedaço (2019) – preenchem os requisitos citados e em nada lembram sua atual criação, Terra e Paixão, no ar às 21h. Seriam títulos mais seguros.
Para além dos próprios problemas, a eleita terá que driblar outros fatores. Há pela frente a baixa audiência com o início do verão, as férias e as festas de final de ano. E ainda a rejeição do público a Elas por Elas, às 18h, e a Fuzuê, às 19h, que dependem de uma reprise potente para impulsionar seus números.
Assista à abertura de Paraíso Tropical:
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