Publicado em 22/03/2023 às 12:57:00, atualizado em 23/03/2023 às 09:27:07
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Amor Perfeito promete ser uma grande novela. A fórmula é tradicional, essas receitas que sempre dão certo: a mocinha que se apaixona e essa paixão se transforma em um grande e sofrido amor que é impedido pelos acasos da história, pela grande vilã e sua ambição e o filho deixado para trás, que em algum momento passará a ser procurado. Enredo perfeito que mexe com a imaginação do público e o faz torcer para que tudo termine bem.
A abertura da novela é simples, porém, demonstra bem a história. A trilha na voz de Sandy, a canção Amor é um Ato Revolucionário, gravada originalmente por Chico César. Os figurinos e cenários bem escolhidos. A fotografia, apesar de ser uma novela de época, não deixa aquela impressão envelhecida e a lente usada foi uma boa escolha.
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Direção ponderada, artisticamente assinada por André Câmara. Elenco alinhado entre veteranos e novatos, bem dividido entre brancos e negros. Tudo foi bem planejado para agradar, grande acerto.
Nos dois primeiros capítulos os autores deixaram bem claro a que cada personagem veio. Mariana Ximenes, na pele da vilã gananciosa e implacável Gilda Rubião, já mostrou que não terá qualquer escrúpulo para conseguir o que almeja. A mocinha, interpretada por Camila Queiroz na pele de Maria Elisa Rubião ou simplesmente Marê, como gosta de ser chamada, certamente passará por poucas e boas para reencontrar seu filho, seu grande amor e a felicidade.
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Silvio Cerceau
É isso que é uma boa novela, um folhetim com clichês, sem inventar moda, mesmo assim pode ter toques de modernização, como bem fazem os autores, a veterana Duca Rachid e os estreantes Júlio Fischer e Elísio Lopes Jr..
O texto é dinâmico, a história é bem desenvolvida e contada claramente, sempre deixando os ganchos necessários para prender o telespectador. Algo importante em um roteiro é a direção.
O diretor é quem traz a vida tudo que o autor escreve. Ele tem que penetrar no texto e entender bem a história que o escritor quer contar e parece que os diretores Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes entenderam a missão.
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A história clássica baseada livremente no livro Marcelino Pão e Vinho, do escritor espanhol José María Sánches Silva, lançado em 1955 e que também já inspirou obras para o cinema, foi escolha perfeita e acertada para o horário. Traz saudosismo e a curiosidade de saber da vida dessas pessoas que sofrerão, mas quem sabe terão um final feliz.
Logo na primeira cena já se mostra a leveza que o personagem Marcelino, filho perdido de Marê, irá trazer para a história. Tomara que eu não esteja enganado.
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Amor Perfeito vale a pena ser assistida todos os dias.
Eu assistirei.
Eu recomendo!
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Ah, o sotaque mineiro também está perfeito. Bem natural, nada forçado, uai.
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