Atuação da Semana: Bárbara Reis emociona em momento decisivo de Terra e Paixão
Atriz brilhou em cenas importantes da novela
Publicado em 07/01/2024 às 10:30
Quando foi escalada como a mocinha da novela das nove, muita gente não conhecia Bárbara Reis. Com um currículo ainda jovem, a atriz estava ganhando relevância graças ao papel de uma das terríveis vilãs de Todas as Flores, que ainda estava no Globoplay. Agora, na reta final de Terra e Paixão, ela mostrou que foi uma escolha acertada, apesar da personagem ser tão diferente de seu estilo de interpretação.
Bárbara Reis tem o que se chama no meio de uma interpretação endurecida, típica para vilãs, antagonistas ou mesmo heroínas. Mas Aline não é nada disso e nem foi em Terra e Paixão. Ainda que tenha tido a coragem de enfrentar Antônio La Selva (Tony Ramos), a personagem é, na verdade, uma mocinha sofredora tão repetida nos dramalhões latinos.
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A atriz poderia testar sua envergadura ao fugir do seu estilo, porém, ela optou pelo caminho de dar o próprio tom a Aline. Nas sequências mais recentes, quando a mocinha é sequestrada e sofre toda sorte de situações, seja ameaça, seja fuga ou até mesmo o reencontro com o amado Caio (Cauã Reymond), a técnica de composição se mostrou acertada.
Embora ainda sem conhecer todos os atalhos de uma novela, Bárbara deu o tom exato que as cenas pediam e contribuiu para o enriquecimento da dramaturgia ao manter seu estilo. Ainda que Aline precisasse chorar quase o tempo todo e implorar pela própria vida e dos filhos, o tom mais duro, com olhar altivo e sem deixar se sentir humilhada deu todo um charme para os embates, principalmente com o grande Tony Ramos.
Para quem é acostumado com mocinhas de melodrama no estilo de Bianca Bin, que deita e rola em papéis desse tipo, assistir Bárbara Reis com um tom completamente diferente pode causar estranheza. Mas a atriz construiu o próprio caminho tijolo por tijolo ao longo de Terra e Paixão e parecia estar se preparando a novela inteira para uma sequência desse tipo.
Houve quem duvidasse que ela seria capaz de segurar um rojão que é ser uma mocinha das nove, ainda mais de Walcyr Carrasco, que gosta de carregar na tinta do texto. Mas Bárbara deu um chega para lá nos olhares cautelosos e, também nesta semana, mostrou que é uma atriz que veio para ficar, podendo receber os mais variados desafios no universo da dramaturgia brasileira.
