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Jovem Pan busca influencers para substituir extremistas

Emissora quer negociar com nomes conhecidos


Logo da Jovem Pan
Emissora vai dar uma guinada com novas contratações - Foto: Reprodução/Internet
Por Daniel César

Publicado em 18/01/2023 às 04:15,
atualizado em 18/01/2023 às 09:20

A direção da Jovem Pan está em campo para contratar novos profissionais em substituição aos extremistas demitidos nos últimos dias. A guinada do canal passa pela negociação com influenciadores que já fazem sucesso nas redes sociais e até mesmo políticos que não terão mandatos a partir de fevereiro. O objetivo é se afastar do bolsonarismo, mas tentar manter distância e não apoiar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo apurou o NaTelinha, a cúpula da Jovem Pan foi autorizada a contratar comentaristas para ocupar em definitivo o espaço na grade de programação. Mas a ordem não é buscar profissionais que sejam desconhecidos e que não garantam audiência cativa e, pelo menos, repercussão constante na web. Estudos encomendados indicaram que para salvar a empresa financeiramente é preciso estar em evidência, porém, de forma diferente do que foi feito desde a fundação.

A tendência é que o canal surpreenda com nomes conhecidos, entretanto que sejam críticos tanto a Jair Bolsonaro (PL) quanto a Lula. Mesmo jornalistas que tenham apoiado a eleição do petista, mas que não tenham proximidade ideológica poderão ganhar espaço. Fontes confirmaram à reportagem que a busca por comentaristas não está focada apenas em profissionais do jornalismo, mas em influencers das redes sociais.

Por conta disso, a varredura feita pela direção da Jovem Pan inclui nomes da política, desde que não tenham mandato. Inclusive, segundo corre nos bastidores do canal, é possível que Joyce Hasselmann e Alexandre Frota sejam procurados para participar da programação, esporadicamente ou com contrato fixo.

Nomes do jornalismo e que foram demitidos recentemente da CNN Brasil também poderão ganhar uma oportunidade no canal, que passa por uma profunda transformação a fim de convencer o Poder Judiciário a não condená-la com sanções por estimular as manifestações antidemocráticas.

Embora ninguém confirme, até o nome de Rachel Sheherazade, grande crítica de Bolsonaro e que chegou a deixar o canal por divergências, pode ser sondada nos próximos dias para retornar. Tanto ela, quanto outros nomes, no entanto, são uma incógnita se aceitarão o novo projeto da Jovem Pan. Nos bastidores o medo é que grandes nomes recusem trabalhar na emissora por não querer vincular seus currículos a um canal investigado pelo Ministério Público Federal.

De todo modo, o novo desenho da Jovem Pan indica que a empresa vai se afastar definitivamente do bolsonarismo. A ordem de cima é que a direção proteja a empresa a qualquer custo. O temor é que as investigações sejam mais duras do que muita gente aposte e que o risco de perda de concessão seja real.

Tanto o conselho, quanto o novo CEO e até o proprietário da Jovem Pan seguem negociando nos bastidores para não sofrer sanções tão radicais. Mas sabe-se que para isso funcionar é preciso mais do que promessas e atitudes. O primeiro passo, a demissão de radicais, já foi dado.

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