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Na contramão de outros jurados, chef do Cozinhe se Puder diz que não tem porque gritar na cozinha

Giuseppe Gerundino tenta passar tranquilidade aos participantes do reality do SBT


Giuseppe Gerundino vestindo roupa azul-marinho e posando de braços cruzados para foto
Giuseppe Gerundino é o chef do Cozinhe se Puder - Mestres da Sabotagem - Lourival Ribeiro/SBT

De volta à tela do SBT a partir deste sábado (7), no Cozinhe se Puder - Mestres da Sabotagem, o chef Giuseppe Gerundino acha que a atração tem dois diferenciais se comparada a outros realities gastronômicos: tranquilidade e alegria. O italiano diz que tenta transmitir calma para os participantes. "Sempre me ensinaram que, se você sabe o que está fazendo, não tem porque ficar muito tenso, muito bravo. Isso sempre me passaram e eu tento passar pros meus convidados na escola, pros meus clientes, ou pros chefs que participam desse programa. Não tem porque ficar lá gritando, não faz sentido pra mim. Não só no ambiente da cozinha, em nenhum ambiente de trabalho", argumenta em entrevista ao NaTelinha, logo após a coletiva de imprensa promovida pela emissora.

"Não precisa ficar como louco lá, é dar uns comentários úteis, sem ofender ninguém", completa. No encontro com os jornalistas, o cozinheiro ainda explicou o que leva da Accademia Gastronomica, escola culinária que mantém há 16 anos em São Paulo, para o programa.

"Desde o começo, minha prioridade na escola é que todo mundo coloque a mão na massa. Não gosto de teoria, teoria não serve pra nada na cozinha. A pessoa precisa trabalhar e, muitas vezes, sob pressão. E eu trouxe meu jeito de gerenciar esses momentos de estresse da competição com a máxima tranquilidade. Isso que eu tenho tentado trazer, pra mostrar pras pessoas que não precisa, necessariamente, ficar louco na cozinha, brigar, gritar. Nunca tive isso na minha vida", diz.

Giuseppe ainda ensina alguns de seus métodos para deixar alunos e competidores à vontade. "A primeira coisa que eu falo pras pessoas lá na minha escola é pra, antes de fazer um prato, tentarem ficar tranquilos, relaxados, e organizar bem as coisas. Às vezes, são pratos tão simples, se você encara aquele minuto pra selecionar aqueles ingredientes com tranquilidade, dificilmente o prato não dará certo. Agora tinham alguns participantes que naquela perda de tranquilidade escolhiam uns ingredientes nada a ver com o prato que iriam entregar. A organização e a tranquilidade eu tento passar na minha escola e nesse programa é pra dar certo qualquer prato", pontua, se referindo ao tempo que os integrantes do reality têm para decidir o que irão usar para cozinhar.

Em território brasileiro há quase 20 anos, o chef elegeu a feijoada como seu prato preferido e contou que a iguaria foi servida em seu casamento. "O que mais me apaixona na cultura do Brasil é essa grande miscelânea de pessoas, origens, cores, energias. No país inteiro, pra mim isso é a maior riqueza. Isso é o que mais me estimula a ficar aqui. Tenho dois filhos que são italianos e brasileiros. Então, aprendi muito. Vivo aprendendo a cada experiência, a cada ano. E nesse programa também", comemora, vibrando por ter conseguido conferir pessoalmente a coletiva de imprensa desta temporada do reality.

"Fiquei muito emocionado. Participei da outra vez da coletiva do outro programa, mas eu estava trabalhando. Estava fazendo as minhas focaccias lá na minha escola e eu não deixo de fazer por nenhum motivo. Falei 'vou participar da coletiva, mas lá na minha escola'. Aí, enquanto eu fazia focaccias, eu ia gravando, cumprimentando, respondendo perguntas. Esse ano consegui delegar pra fazer as minhas focaccias e vir aqui. Foi muito emocionante, muito legal. Muitas pessoas participando, muitas perguntas, achei um privilégio."

Chef do Cozinhe se Puder é o primeiro jurado italiano em um mercado dominado por franceses

Na contramão de outros jurados, chef do Cozinhe se Puder diz que não tem porque gritar na cozinha
Giuseppe Gerundino avaliando participante no primeiro episódio do Cozinhe se Puder - Lourival Ribeiro/SBT

Lucas Gentil, diretor-geral do Cozinhe se Puder - Mestres da Sabotagem, destacou o fato de Giuseppe Gerundino ser o primeiro jurado italiano em um mercado dominado por franceses. "Achei uma honra, representar essa grande comunidade de italianos. É emocionante poder falar da minha parte, do que eu sei, do que eu conheço. Tentei passar isso pras pessoas", defende o cozinheiro.

"Até que enfim. Um país como o Brasil não tinha um jurado italiano em nenhum programa de gastronomia. Um absurdo, as pessoas perderam a memória [risos]", completa ele, já em bate-papo com o NaTelinha.

Giuseppe diz que até hoje não sabe como chegou à TV, mas define a oportunidade como "espetacular". "É uma participação pra fazer o que eu mais gosto, o que eu mais curto: conhecer pessoas apaixonadas pelo que fazem na cozinha e experimentar pratos, o que pra mim é a coisa mais divertida do mundo. Com um louco como eu, italiano, tudo fica mais divertido. Pra mim é um contexto muito diferente, eu sou uma pessoa acostumada a cozinhar com pessoas e viajar", revela, dizendo que Otaviano Costa, apresentador da atração, o deixa muito à vontade.

O chef ainda comemora o fato de conseguir praticar o reaproveitamento de alimentos no programa e jura que não tem conhecimento das traquinagens que atrapalham os participantes durante a preparação dos pratos, já que fica lendo em seu camarim até que possa experimentar o que foi apresentado. "Tem muita coisa bonita, é muito dinâmico, cada programa é um dia de gravação inteiro. Também tem muitas coisas que não deu pra colocar por causa do tempo, mas isso faz parte do jogo. É muito legal, sempre emocionante. Eu não sei nada das sabotagens até hoje, então pra mim vai ser mais emocionante ainda assistir o programa editado", finaliza, na expectativa para conferir o reality no ar.

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