Jornal Nacional

William Bonner desabafa no JN sobre coronavírus e emociona público

Ministério da Saúde registrou 8.536 mortes por Covid-19 até esta quarta


William Bonner
William Bonner desabafa no Jornal Nacional sobre mortes por coronavírus

William Bonner desabafou (veja vídeo no final da matéria) no Jornal Nacional desta quarta-feira (6), após noticiar mais um aumento no número de mortes por coronavírus no Brasil (8.536 óbitos, segundo o Ministério da Saúde). O apresentador se mostrou inconformado com a normalização da alta quantidade de vítimas fatais por Covid-19.

O discurso de Bonner na abertura do JN durou 90 segundos e emocionou telespectadores, que aplaudiram a tentativa do apresentador de humanizar a pandemia e levar para os telespectadores o luto de cada família que perdeu um ente querido pelo coronavírus.

"Você já nem deve lembrar, mas na quinta passada eram 5.901 mortos. Os números vão aumento desse jeito, cada vez mais rápido, vão dando saltos, e vai todo mundo se acostumando, porque são números", disse Bonner, que citou o rompimento da barragem em Brumadinho e o ataque terrorista em Nova York como exemplos de tragédias chocantes.

Oito mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas, pais, filhos, amigos, conhecidos

Bonner

"Um número muito grande de mortes, de repente, em um desastre, sempre assusta. As pessoas levam um baque. Morreram mais de 250 pessoas em Brumadinho. É uma tragédia. Nos Estados Unidos, em 2001, morreram quase 3 mil nos atentados do 11 de Setembro. Três mil, assim, de repente. Mas quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e de semanas, como acontece agora na pandemia, esse baque se dilui, e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso", prosseguiu o jornalista.

"Oito mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas, pais, filhos, amigos, conhecidos. Aí o luto dessas tantas famílias vai ficando só para elas, porque as outras pessoas já não têm nem como refletir sobre a gravidade dessas mortes todas, que vão se acumulando todo dia. Todo dia", desabafou o âncora do JN.

"Hoje, são 8.500. Amanhã, a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho, ou uma pessoa famosa", finalizou.

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