De 2002

Globoplay resgata minissérie que irritou herdeiros da família real com caricatura e sexo

O Quinto dos Infernos chega nesta segunda-feira (4) ao streaming


Luana Piovani e Marcos Pasquim em O Quinto dos Infernos
Luana Piovani e Marcos Pasquim como Marquesa de Santos e Dom Pedro I em O Quinto dos Infernos - Foto: Divulgação/Globo
Por Walter Felix

Publicado em 04/09/2023 às 15:59,
atualizado em 04/09/2023 às 15:59

A minissérie O Quinto dos Infernos, exibida na Globo em 2002, chega ao catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (4). Escrita por Carlos Lombardi, com direção de Wolf Maya, a trama irritou portugueses e herdeiros brasileiros da família real ao retratar nomes como Carlota Joaquina, Dom João VI e Dom Pedro I com caricaturas, usando e abusando de teor sexual.

De acordo com o site Teledramaturgia, um dos maiores jornais lusitanos, o Correio da Manhã, publicou uma crítica à minissérie. Na história, Carlota Joaquina (Betty Lago) era uma vilã voluptuosa e sem escrúpulos, Dom Pedro I (Marcos Pasquim), um mulherengo inveterado; e Dom João VI (André Mattos), um governante covarde, guloso e traído pela mulher.

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Descendentes da família real brasileira também teriam mostrado sua insatisfação com a paródia exibida na Globo. Para escrever a sinopse, o autor usou liberdade criativa, mas também se baseou nos livros O Chalaça, de José Roberto Torero; A Imperatriz no Fim do Mundo, de Ivani Calado; e As Maluquices do Imperador, de Paulo Setúbal.

“Não havia como fugir dessas características, muito menos para fazer comédia. A sugestão da comédia veio dos próprios personagens, não de uma determinação minha”, comentou Carlos Lombardi em entrevista ao livro Autores: Histórias da Teledramaturgia, lançado pelo projeto Memória Globo em 2008.

“Encheram o saco”, comentou autor sobre críticas às cenas de sexo

Globoplay resgata minissérie que irritou herdeiros da família real com caricatura e sexo

O escritor explicou que não quis escrever uma história biográfica, mas montar um quadro com os principais personagens da passagem da Família Real pelo Brasil. Ele ainda afirmou que foi discreto na representação de Dom Pedro I, por exemplo. “Segundo a pesquisa, ele foi muito mais mulherengo.”

“O meu Dom Pedro, perto do original, ainda era romântico. Sempre digo que a estrutura da minissérie daria uma novela das sete de 200 capítulos. Mas, já que eu ia contar a história às 23h, poderia pesar um pouco mais a mão nas cenas de sexo, sem perturbação. Doce ilusão a minha. Encheram o saco, igualzinho. Eu argumentava: ‘Isso não é hora de criança estar vendo televisão’.”

Carlos Lombardi

Havia ainda a Marquesa de Santos, interpretada por Luana Piovani. Chalaça, fiel escudeiro de Dom Pedro I, foi vivido por Humberto Martins. Papel de Caco Ciocler, Dom Miguel, outro filho de Carlota Joaquina e Dom João VI, era gay e obcecado pelo irmão mulherengo na minissérie.

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