Pedro Cardoso diz que Beyoncé 'vende a vida' para ter sucesso
Humorista afirmou que artistas de sucesso como a cantora norte-americana usam da vida pessoal para lucrarem
Publicado em 02/01/2024 às 16:20
O ator Pedro Cardoso compartilhou nesta terça-feira (2) suas reflexões em um extenso texto, abordando a trajetória de duas cantoras: Tracy Chapman e Beyoncé.
Cardoso destacou a diferença de abordagem entre as duas artistas. Enquanto Tracy Chapman, que conquistou sucesso nas décadas de 1980 e 1990, optou por não expor sua vida pessoal para alcançar o reconhecimento, Beyoncé, na visão do ator, utiliza intensamente esse método para manter sua carreira em evidência.
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“A mim, mais me toca a arte de Tracy Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Trace”, opinou.
Para Pedro Cardoso, a constante exposição de aspectos pessoais na mídia se tornou um componente crucial para o sucesso atual, especialmente nos dias de hoje. Ele argumentou que artistas que investem nessa estratégia têm maior visibilidade e, consequentemente, alcançam um patamar de sucesso mais expressivo.
“E desconfio que o maior sucesso comercial das ‘Beyonce’ frente às ‘Chapman’ se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no wikipedia: ‘Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal’. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos ‘famosos'".
Pedro Cardoso
A afirmação de Pedro Cardoso
Uma das afirmações mais marcantes de Pedro Cardoso é que artistas considerados "autênticos" e que optam por manter certa reserva em relação à exposição pessoal tendem a ter menor visibilidade e, por conseguinte, vendem menos.
A opinião do ator gerou irritação entre os fãs brasileiros de Beyoncé, que expressaram suas opiniões. Um deles chegou a ser respondido pelo humorista,
“Pedro, dá tempo de apagar. Porque você tá falando de uma das artistas mais reservadas do mundo (Beyoncé), com menos polêmica. E, assim, achei de péssimo tom um cara branco colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa”, escreveu o internauta.
Em resposta, o comediante citou Rita Lee e Marisa Monte como possíveis exemplos de artistas autênticas, reforçando sua visão sobre o contraste entre estratégias de exposição pessoal e autenticidade na indústria da música.
“‘Um cara branco’? Quem é ‘um cara branco’ aqui? Eu? Não sou branco, nem cara. O que é ser branco? A cor da pele ou a ideologia? Para mim, sobre o que eu falo, o fenótipo é irrelevante”, declarou. “A obsessão com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua; e ela te interdita o pensamento de aspectos da realidade onde ela não é dominante”.
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