Netinho processa compositor de Milla após ser chamado de "débil mental"
Briga entre o cantor e Manno Góes é por questão política
Publicado em 25/05/2021 às 15:30,
atualizado em 25/05/2021 às 15:36
Netinho entrou com uma ação contra o compositor de Milla, Manno Góes, na 6ª Vara dos Juizados Especiais de Causas Comuns da Bahia. O cantor decidiu processar o autor do seu grande hit após ser chamado de “débil mental”.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o advogado Luiz Vasconcelos, responsável por representar Netinho, declarou que o processo tem como objetivo fazer com que Manno retire postagens das suas redes sociais que falem ou realizem alusão ao músico.
Caso Góes seja condenado, ele poderá pagar indenização por danos morais por ofensas contra Netinho na web e também em entrevistas. O compositor, que teria sido convocado para uma audiência conciliatória em setembro do ano passado, criticou o artista por cantar Milla na manifestação em favor do presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Eu não autorizo esse débil mental de cantar minha música”, escreveu o letrista em seu perfil do Twitter, indignado com a manifestação em pró-Bolsonaro. Porém, pouco tempo depois, ele se desculpou por ter usado a expressão “débil mental”. “Agradeço a todos que me chamaram atenção, mesmo apoiando meu desabafo. Estamos aqui para aprender e melhorarmos como pessoa”, acrescentou.
Netinho x Manno Góes
Manno Góes entrou na Justiça para que a deputada federal Carla Zambelli retirasse do seu canal no YouTube o vídeo de Netinho cantando a música Milla na manifestação em favor de Bolsonaro, no começo de maio. Rodrigo Moraes, advogado do compositor, explicou que também foi pedida uma indenização de R$ 200 mil.
Porém, Góes deixou claro que Netinho pode cantar Milla em shows. “Manno não impede que Netinho exerça a sua profissão de artista executando essa música, até porque ele vai ser beneficiado com a arrecadação de direitos autorais nos shows. Agora, a partir do momento, que você grava uma obra e coloca no YouTube é completamente diferente de uma execução pública em show ao vivo. Neste caso, há necessidade, sim, de autorização do autor”, acrescentou.
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