De personagem icônico a Midas do humor: A trajetória de Paulo Gustavo
Humorista não resistiu após quase dois meses de luta contra a Covid-19
Publicado em 04/05/2021 às 22:22,
atualizado em 04/05/2021 às 23:10
Paulo Gustavo parecia ser um daqueles artistas de uma personagem só, quando explodiu no Brasil com a personagem Dona Hermínia, uma sátira da própria mãe do humorista e que ele nem sonhava que se tornaria um personagem icônico. Desde então, o arista se tornou um fenômeno no teatro, no cinema e na TV, mas não apenas com a caricatura e foi o responsável pelo sucesso de vários programas, virando uma espécie de Midas do humor.
Com quase dois meses de luta contra a Covid-19, Paulo Gustavo não resistiu e faleceu nesta terça-feira (4), após uma grave piora na última segunda (3), quando teve embolia gasosa disseminada, incluindo o sistema nervoso central, em decorrência de uma fístula bronquíolo-venosa.
Com a trajetória tão importante, Paulo Gustavo completou mais de 15 anos interpretando seu mais importante personagem, Dona Hermínia, que vinha ganhando cada vez mais espaço, inclusive com direito a previsão de uma série sobre ela para o Globoplay e que deveria ser gravado no ano passado, mas a pandemia impediu o início dos trabalhos.
Veja a trajetória de Paulo Gustavo:
Minha Mãe é Uma Peça
No final de 2004, Paulo foi selecionado para participar da peça Surto e apresentou a personagem Dona Hermínia pela primeira vez. Menos de dois anos depois, em 2006, o ator escreveu e produziu o monólogo Minha Mãe é Uma Peça e transformou a sátira da mãe dele num fenômeno no país, com direito a rodar praticamente o Brasil todo, inclusive em ginásios de esportes no início da carreira.
Com três filmes, todos recordistas de bilheteria, além de milhões de pessoas tendo assistido à peça, Paulo não deixou a personagem morrer nunca, mesmo com projetos paralelos e já havia assinado para a série do Globoplay.
Vai que Cola
Em 2013, Paulo mostrou que não seria um humorista de um personagem só e renovou o humor brasileiro na TV fechada ao apresentar o projeto Vai que Cola para o Multishow, uma espécie de Sai de Baixo ainda mais escrachado. A série mal estreou e virou um sucesso imediato, se tornando uma das maiores audiências da TV a cabo no Brasil, com diversos personagens ganhando o público.
A produção fez tanto sucesso que segue na grade de programação com novas temporadas até o momento, mesmo que Paulo Gustavo já tenha deixado o elenco principal há vários anos para intergrar outros projetos.
A Vila
Em 2017 muita gente foi pega de surpresa com o anúncio de que o humorista estava deixando o elenco do Vai que Cola, considerado até então seu grande sucesso na televisão, mas ele não sairia do formato. Paulo aceitou compor o casting de A Vila, novo projeto do canal e que seria estrelado por sua amiga Katiusica Canoro, com roteiro de Leandro Soares.
O projeto também foi um sucesso imediato e ajudou a consolidar o humorista como o Midas do humor na TV fechada, num momento em que a televisão aberta praticava outro tipo de humorístico, muito mais politizado.
220 volts
Em 2011, Paulo lançou outro projeto, ainda antes do fenômeno Vai que Cola e conseguiu espaço ao apresentar o 220 Volts. O humorístico teve 13 episódios gravados em 18 dias, com gravações diárias de cerca de 12 horas todos os dias.
Logo o programa virou um fenômeno no Ibope e se tornou o mais assistido da TV paga, além de ter explodido com a venda de DVDs. Quase 10 anos depois de lançado, em dezembro do ano passado, o 220 volts foi ao ar na Globo, com direito a um episódio inédito, e garantiu boa audiência para a emissora, sendo exibido novamente no Multishow dias depois.
Os Homens são de Marte
Muito amigo de Mônica Martinelli, o ator aceitou participar do longa que seria protagonizado pela atriz e ganhou o papel de Aníbal, que se tornaria icônico na trajetória do filme, que ganharia sequências. Lançado em 2014, o filme virou um fenômeno de bilheteria e chegou até a TV a Cabo, numa adaptação com o formato de série e episódios inéditos.
Em 2018 foi lançado o filme Minha Vida em Marte, sequência do primeiro longa e que também era estrelado por Mônica e Paulo Gustavo, também se tornando um sucesso de bilheteria, que arrecadou R$ 80 milhões, dez vezes mais que o orçamento.
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