Opinião

Atuação da Semana: Em Todas as Flores, Bárbara Reis vira o Walter White tupiniquim

Atriz dosou com exatidão na construção de Débora, em Todas as Flores


Bárbara Reis como Débora em cena de Todas as Flores
Bárbara Reis faz misérias como Débora em Todas as Flores - Foto: Reprodução/Globoplay

Quando Todas as Flores estreou no Globoplay, ainda em outubro, o mundo ficou de olho na mulher que era uma espécie de chefe da máfia. Débora, embora apenas cumprindo ordens do marido, é quem dá as cartas e manda até na poderosa Zoé (Regina Casé). No mais recente bloco de capítulos liberados pela plataforma, o que se viu foi uma malvadona poderosa e com destaque para um talento visceral de Bárbara Reis.

Para a maioria do público da trama de João Emanuel Carneiro, o rosto de Bárbara era desconhecido. A personagem não é a mais importante da novela do serviço de streaming, mas ganhou novos contornos nesta segunda parte. A tal ponto de ser ela quem decide pela vida de Pablo (Caio Castro), além de passar por cima de Zoé, de Vanessa (Letícia Colin) e até de Galo (Jackson Antunes).

Débora é simplesmente má e não tem nenhuma moralidade, isso ficou claro na última semana. O que mais dizer de uma personagem que carrega um bebê como se fosse um saco de batatas? Além disso, em apenas cinco capítulos, a personagem teve tempo para humilhar Zoé, fazer acordo com Vanessa, dar ordens para espancar Galo, infernizar Diego (Nicolas Prattes) e dar a ordem para a morte de Pablo.

O bloco exigiu muito da intérprete dessa vilã perversa. Bárbara Reis, que já vinha bem, mostrou que tem talento de sobra e está com a personagem na palma da mão. A atriz vinha construindo uma Débora zombeteira e com um pé na tirania. A construção narrativa a fez caminhar, nos mais recentes capítulos, em estilo de interpretação que lembra Brian Cranston com o seu tão temido Walter White, de Breaking Bad.

Se alguém tinha dúvida sobre a capacidade de Bárbara para segurar o rojão, as mais recentes sequências em que exigiram mais dela do que de qualquer outro nome de elenco, dizimaram qualquer questionamento. A atriz é visceral e constrói uma mafiosa perversa, mas acima de tudo, extremamente real e feroz. Ninguém torce por ela, porém ninguém tem coragem de enfrentá-la, mesmo os telespectadores, tamanha a força da expressão facial a cada aparição.

Todas as Flores ainda vai demorar para acabar, mas o grande público que não tem acesso à novela poderá assistir Bárbara Reis todos os dias a partir de maio. Enquanto trafica bebês para fora do Brasil e inferniza a vida de todos em Todas as Flores, ela será a mocinha justiceira que irá enfrentar o vilão de Tony Ramos em Terra e Paixão, próxima produção do horário das nove

A tirar pelo que se vê na novela do Globoplay, Walcyr Carrasco acertou em cheio ao escolhê-la como a mocinha de sua história. Sorte do público que poderá ver uma grande atriz em mais de um trabalho.

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