Sem saudade

10 novelas dos anos 2000 que a Globo se arrependeu de ter feito

A Globo teve diversos sucessos na primeira década dos anos 2000, como O Clone, Senhora do Destino e A Favorita, mas também teve dor de cabeça com outras novelas


Regina Duarte em Desejos de Mulher
Regina Duarte em Desejos de Mulher

Apesar de ter contado com diversos sucessos na primeira década dos anos dois mil, como O Clone, Senhora do Destino, A Favorita e Caminho das Índias, a Globo também teve dor de cabeça com algumas novelas.

Confira:

A Padroeira

Exibida entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, A Padroeira sofria com baixos índices de audiência.

A novela foi completamente reformulada enquanto estava no ar, com a saída de treze personagens e a chegada de outros. A personalidade de muitos dos que ficaram também mudou, incluindo os principais nomes, além da troca de cenários e figurinos.

Os índices até subiram na reta final, mas a novela ficou marcada como um fiasco.

As Filhas da Mãe

10 novelas dos anos 2000 que a Globo se arrependeu de ter feito

A Globo apostou todas as suas fichas nessa novela, exibida entre agosto de 2001 e janeiro de 2002. A produção teve um elenco estelar, poucas vezes visto na faixa das sete. Mas o público torceu o nariz e a trama derrubou os índices da Globo consideravelmente.

A emissora deu duas opções para Silvio de Abreu: ou ele mudava tudo na história, para tentar levantar a audiência, ou a novela seria encurtada. O autor se negou a fazer as mudanças solicitadas e a Globo tirou As Filhas da Mãe do ar 10 semanas antes do previsto, eliminando 60 capítulos.

Em entrevista, Abreu disse que o público mais simples não entendeu nada da novela, além de ter sofrido a concorrência dos programas policiais, que estavam em alta na época.

Desejos de Mulher

A Globo juntou novamente Regina Duarte e Glória Pires muitos anos depois de Vale Tudo. Mas, dessa vez, o resultado não foi esperado.

Exibida entre janeiro e agosto de 2002, Desejos de Mulher estreou às pressas para substituir As Filhas da Mãe e não conseguiu levantar o Ibope, passando por mudanças.

O próprio autor, Euclydes Marinho, não gostou do resultado, dizendo que, a cada capítulo a novela foi algo completamente louco, com personagens sem pé nem cabeça. Ele disse que fez de tudo para salvar a trama, mas nem estava em condições de escrever a obra, pois enfrentava sérios problemas pessoais na época.

Glória Pires também não guardou boas lembranças, dizendo que sua personagem, Júlia, foi frustrante e que não correspondeu às expectativas.

Esperança

Após o sucesso de Terra Nostra, o público aguardou ansiosamente o retorno de Benedito Ruy Barbosa com Esperança.

Apesar de ter os mesmos ingredientes da outra trama, a nova iniciativa, exibida entre junho de 2002 e fevereiro de 2003, foi um fracasso retumbante. Com problemas pessoais, o autor atrasava a entrega dos roteiros, o que prejudicava as gravações e, consequentemente, a qualidade da trama, que mergulhou numa barriga sem fim.

A audiência despencou de 45 para 35 pontos e obrigou a Globo a colocar Walcyr Carrasco para tocar a novela, deixando Benedito revoltado. O novo autor fez mudanças drásticas e evitou um vexame maior, mas a produção ficou marcada no rol das mais problemáticas da história da emissora.

Sabor da Paixão

10 novelas dos anos 2000 que a Globo se arrependeu de ter feito

Exibida entre setembro de 2002 e março de 2003, a novela Ana Maria Moretzsohn teve uma produção caprichada, mas a trama inconsistente deixou a desejar.

O público não foi convencido e a audiência foi bem abaixo do esperado. A novela ficou marcada pela quebra de uma tradição da emissora: o último capítulo não foi reprisado no sábado por causa de um jogo do Campeonato Paulista.

E duvidamos que alguém tenha sentido falta disso.

Começar de Novo

Exibida entre agosto de 2004 e abril de 2005, não deixou saudade nem nos seus autores.

Antônio Calmon, que escreveu a novela com Elizabeth Jhin, disse que foi a mais difícil que ele fez na vida, com um amontoado de erros. Ele teve uma crise de estafa e se afastou por trinta dias durante a produção.

Começar de Novo teve seu triângulo amoroso central rejeitado pelo público, o que causou a saída de uma das protagonistas, vivida por Gisele Itié. Dois diretores foram trocados e muitos personagens ficaram sem função.

Enfim, uma novela para se esquecer.

Bang Bang

Exibida entre outubro de 2005 e abril de 2006, Bang Bang foi baseada nos faroestes americanos.

A novela sofreu um baque logo na segunda semana, quando o autor Mário Prata pediu licença por motivos de saúde. Carlos Lombardi assumiu e mudou tudo, chegando a cogitar um terremoto para eliminar personagens e salvar a trama.

Bang Bang não conquistou o público, que preferia acompanhar Prova de Amor, na Record. Pesquisas indicaram que o público não entendeu a história, considerada confusa e lenta, e que os nomes em inglês dos personagens só agravaram esse fato.

Sem saída, a Globo diminuiu a duração dos capítulos, aumentando a exibição de Alma Gêmea na faixa das seis, e encurtou a trama, que teria mais de 200 episódios e terminou com 173.

Eterna Magia

10 novelas dos anos 2000 que a Globo se arrependeu de ter feito

Logo de cara, o público torceu o nariz para as bruxas de Eterna Magia, exibida entre maio e novembro de 2007.

A Globo fez alterações drásticas a partir do capítulo 32, tirando o tom soturno da trama e mudando até a abertura. A audiência até reagiu, mas a produção passou longe de ser considerada um sucesso, sendo esquecida pela emissora.

Desejo Proibido

Exibida entre novembro de 2007 e maio de 2008, Desejo Proibido foi mais uma das novelas das seis dos anos 2000 que deram dores de cabeça para a Globo.

A trama de Walther Negrão foi comprometida pela baixa audiência de Eterna Magia e registrou pontuação ainda menor, deixando a Globo apavorada. Sem reagir, a produção foi encurtada em 30 capítulos, terminando mais de um mês antes do previsto.

A Globo fez isso, inclusive, para tentar emplacar a substituta, Ciranda de Pedra, antes do auge do horário de verão, um dos motivos apontados para o fiasco de Desejo Proibido.

Negócio da China

Exibida entre outubro de 2008 e março de 2009, essa novela foi formatada para a faixa das sete, mas acabou sendo erroneamente colocada às seis.

Começava aí um dos maiores fiascos da história da Globo, que fez a audiência cair de 30 pontos, na estreia, para 18, na semana seguinte. No geral, tornou-se a novela menos vista da faixa até então.

Para completar, a novela ainda perdeu o protagonista, vivido por Fábio Assunção, já que o ator teve que se afastar para fazer um tratamento contra a dependência de drogas.

O autor Miguel Falabella ficou tão traumatizado que declarou que nunca mais escreveria uma novela para a faixa das seis.

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